Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Schmidt, Rossana Bogorny Heinze |
Orientador(a): |
Tittoni, Jaqueline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/130521
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Resumo: |
O presente estudo analisa as estratégias de resistência em uma assessoria jurídica em direitos sexuais e de gênero. A análise é feita a partir das vivências no grupo G8-Generalizando do Serviço de Assessoria Jurídica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SAJU-UFRGS), tensionando as lógicas instituídas e buscando formas possíveis de operar para além dessas. A proposta metodológica para essa pesquisa foi a de pesquisa-intervenção e de intervenção fotográfica, utilizando-se de ferramentas da análise institucional tais como a construção de analisadores, a análise de implicação e o diário de campo. Partindo do pressuposto teórico foucaultiano de que vivemos em uma sociedade imersa em relações de poder, e compreendendo que a possibilidade de resistir está intrínseca a essas relações, buscamos nesse estudo visibilizar os momentos em que o grupo G8-Generalizando rompe com instituído em busca de práticas que transversalizem as formas de trabalhar. A imagem enquanto intervenção possibilitou provocar deslocamentos no grupo, funcionando como um dispositivo de tornar visível o invisível do visível. Assim, as imagens permitiram que os integrantes do grupo olhassem para as mais diversas fotografias produzidas ao longo dos anos de 2013 e 2014 e analisassem suas práticas. Dessa forma, colocamos em análise os momentos em que o grupo consegue transver, enquanto uma potência de criação e imaginação. Para esse percurso focaremos em três fluxos que oportunizaram pensar as estratégias de resistência dentro do grupo: a transdisciplinariedade, o acolhimento e a militância. Esses analisadores surgiram ao longo das reuniões que participei enquanto pesquisadora e da problematização através das inúmeras fotografias que habitavam o campo de intervenção. As estratégias de resistência aqui pensadas mostram uma forma de transformação nas práticas do G8-G.Essas transformações tornam-se possíveis por constantes tensionamentos que são postos quando o grupo opera para fora da lógica normativa, tendo em vista que o Direito, a Psicologia e outras tantas disciplinas não dão conta de serem efetivas no acolhimento de sujeitos que desviam da norma. Por fim, esse estudo oportuniza visibilizar outras formas de se trabalhar em direitos sexuais e de gênero dentro de uma assessoria jurídica universitária. Essas formas se encontram pautadas pela ética do cuidado de si e comprometidas com práticas de resistência que problematizam aquilo que desvia da lógica disciplinar e de controle instituída. |