Filmes de poli(ácido lático) adicionados de extratos de carotenoides – desenvolvimento de materiais para a embalagem de alimentos sensíveis à luz e ao oxigênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Stoll, Liana
Orientador(a): Rios, Alessandro de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213016
Resumo: A busca por alimentos livres de aditivos artificiais embalados em materiais que não agridam ao meio ambiente é uma tendência. Tendo em vista que o uso de embalagens que protegem os alimentos da luz e do oxigênio permite a extensão do shelf life de produtos perecíveis, a incorporação de extratos de carotenoides à matriz polimérica do poli(ácido lático) (PLA) é uma alternativa para melhorar as propriedades desse polímero e ampliar sua gama de aplicação. Inicialmente, extratos de beta-caroteno, licopeno e bixina foram incorporados à matriz de PLA em filmes produzidos pela técnica de casting, onde a bixina apresentou a maior estabilidade de coloração dos filmes e o melhor desempenho na proteção do óleo de girassol frente a reações de oxidação. Os filmes com licopeno e beta-caroteno protegeram o óleo através da barreira à luz, onde a liberação gradual de carotenoides para o óleo teve papel secundário na redução da formação de peróxidos no produto. A cinética de migração dos carotenoides para um líquido simulante foi descrita por um novo modelo matemático, onde a degradação dos compostos liberados foi considerada. Na segunda etapa do estudo, filmes de PLA com bixina foram produzidos através de processamento via fusão, onde o processamento a 160 °C provocou perdas de até 85% dos carotenoides. No entanto, o uso de 0,1% de bixina produziu materiais com excelentes propriedades de barreira à luz UV, a qual foi responsável pela expressiva redução da fotodegradação da riboflavina. As tensões de cisalhamento inerentes ao processamento em câmera de mistura não causaram degradação adicional da bixina, sendo possível manter boa parte do poder corante do carotenoide. Apesar de aumentar a permeabilidade ao oxigênio do material, o uso de plastificante acetil tribul citrato (ATBC) acelerou a migração da bixina para o alimento evitando que a degradação oxidativa do óleo de girassol ocorresse de forma acelerada. O desenvolvimento de filmes a partir de PLA e carotenoides demonstra que é possível produzir embalagens biodegradáveis, de coloração atrativa, mecanicamente resistentes e que protejam os alimentos embalados da fotodegradação. Através do conhecimento gerado, é desejável otimizar o desempenho do PLA como material antioxidante através da modulação da cinética de migração dos carotenoides e do aumento da barreira ao oxigênio do material.