Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Heidrich, Rosanne Lipp João |
Orientador(a): |
Krafta, Rômulo Celso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/97839
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Resumo: |
O trabalho busca avaliar, através do estudo configuracional, o desempenho de um bairro construído originalmente a partir da implantação do projeto de um núcleo habitacional, cujo objetivo era erradicar as favelas do centro da cidade. Sua consolidação se dá pela ação de diferentes agentes, entre eles o Estado. Embora os objetivos do projeto original estivessem imbuídos de altos ideais sociais, o tratamento desigual dispensado pelo Estado à áreas justapostas provocou a não-integração sócio-espacial no assentamento. Assim, após 30 anos da sua implantação, é avaliado o desempenho do projeto comparativamente à área real existente. Busca-se verificar, sob o prisma da inter-relação entre espaço urbano e apropriação social, a espacialização da centralidade. É realizado um confronto entre a realidade consolidada e os objetivos implícitos ao planejamento inicial através da utilização do Modelo de Centralidade e à luz de conceitos teóricos inerentes à evolução urbana e à análise configuracional. O bairro é conhecido através dos resultados da aplicação do modelo em cinco diferentes períodos, ao longo de seu desenvolvimento. O confronto dos resultados indica que os espaços reservados, no projeto, ao desenvolvimento da centralidade não atingiram, na situação real, o objetivo esperado. Assim, decisões de planejamento resultaram em espaços de alto custo que não cumpriram a função almejada em termos sociais no espaço urbano real. Tais decisões contribuíram para a falta de integração entre o espaço urbano projetado e os demais, verificados na realidade, ao negarem a importância da estrada enquanto elemento preexistente e elo de ligação entre as diferentes áreas no assentamento e destas com o restante da cidade. Confirmou-se, portanto, a hipótese de que efeitos contraditórios podem ocorrer pela ausência de uma avaliação preliminar da interferência dos atributos espaciais sobre a dimensão social, pois a estrada demonstrou, desde o início, seu potencial de centralidade e desenvolveu-se neste sentido pela ação da população, enquanto as áreas definidas pelo projeto para desenvolver a centralidade, e a decorrente promoção e integração social, não se efetivaram. |