Campos de altitude subtropicais do Brasil : padrões e processos ao longo do tempo e do espaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, Cássia Plá
Orientador(a): Iganci, Joao Ricardo Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247964
Resumo: Os campos de altitude do sudeste da América do Sul possuem uma alta diversidade de plantas endêmicas. Estudos apontam para uma complexa história biogeográfica na formação da composição florística dessa região. O clima subtropical e as variações altitudinais, levam à existência de habitats heterogêneos e à presença de várias espécies únicas. A compreensão dos processos de diversificação em áreas específicas, altamente diversas, ao longo do tempo, permite inferir sobre os padrões históricos que influenciam na formação da flora e da paisagem. Assim, este trabalho teve como objetivo acrescer conhecimento sobre a dinâmica evolutiva das formações de altitude, como um primeiro passo para entender sua origem, elucidando processos históricos responsáveis pelo estabelecimento da flora atual. Para tanto, foram destacados táxons que apresentam alta representatividade, tanto nos Campos de Altitude brasileiros, quanto em áreas relacionadas ao foco do estudo: os Pampas, o Cerrado senso lato, a região andina e as regiões de altitude no sul da América do Norte e América Central (Mesoamérica). Foram realizadas análises filogenéticas datadas independentes, juntamente com análises de Dispersão, Extinção e Cladogênese (DEC) e mapeamento estocástico biogeográfico (BSM) para obter estimativas de área ancestral, assim como número relativo de eventos de dispersão e a época em que estes ocorreram. Os resultados mostram que existem conexões pretéritas entre as áreas e foram nos últimos 7 milhões de anos que a maioria destes eventos de dispersão ocorreram. Radiações nos Campos de Altitude do Brasil são majoritariamente recentes e a maior interação se deu com os Pampas. Além disso, o grande número de radiações locais indica que a área prioriza eventos de diversificação in situ em detrimento de eventos de intercâmbio com as demais áreas, especialmente as áreas mais distantes.