Do místico ao quântico : o emaranhamento de cosmovisões no desenvolvimento da física moderna e contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pigozzo, Daniel
Orientador(a): Nascimento, Matheus Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/221687
Resumo: Na presente dissertação, desenvolvemos uma investigação cujo objetivo geral é analisar o fenômeno cultural do misticismo quântico e os diferentes tipos de conhecimentos que ele mobiliza. Partindo de uma revisão integrativa da literatura, buscamos compreender como a comunidade acadêmica da área de Ensino lida com o tema, quais definições são apresentadas, quais abordagens são utilizadas, como se posicionam frente ao fenômeno e quais implicações para a Educação em Ciências são discutidas. Com isso, identificamos a importância de contribuir com uma caracterização epistemológica inédita do fenômeno, através de um dispositivo analítico baseado na Tese da Interpretação Parcial na perspectiva de Max Jammer. Para podermos realmente propiciar um melhor entendimento de como o misticismo quântico se materializa, a presente dissertação apresenta dois estudos de diferentes abordagens sobre as obras de dois sujeitos frequentemente associados ao fenômeno: Deepak Chopra e Fritjof Capra. O primeiro estudo é uma análise metalinguística – fundamentada na filosofia da linguagem de Bakhtin, Volóchinov e Medviédev – que aborda o livro A cura quântica. O segundo estudo é uma grande exploração teórica da filosofia sistêmica de Fritjof Capra e suas implicações para o Ensino de Física. Nossas principais conclusões focam na necessidade de se estabelecer uma maior concordância em como definir o misticismo quântico e reconhecer que o fenômeno que identificamos atualmente possui características inalienáveis do atual contexto social e histórico. Além disso, argumentamos sobre a importância dos Estudos das Ciências e da Educação em Ciências lidarem com as diferentes formas que o discurso científico pode circular pela sociedade.