Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Carlos Alberto Ossanes |
Orientador(a): |
Rebello, Lúcia Sá |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188182
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Resumo: |
A partir de uma análise do panorama narratológico dos narradores na Literatura e no Cinema, o presente texto pretende promover uma investigação das possibilidades e limitações da teoria do meganarrador cinematográfico, postulada por André Gaudreault em From Plato to Lumière (2009). Esse percurso de leituras estabeleceu uma reflexão sobre os conceitos de mimese e diegese, bem como das noções de persona e personagem, narrador e autor, suspensão da descrença e acordo ficcional, no processo de tradução/adaptação do sistema semiótico da Literatura para o Cinema. Para ilustrar tais aspectos, esta dissertação se debruça em um exame mais apurado das versões literária (escrita por Michael Dobbs) e televisiva (dirigida por David Fincher) de House of Cards. Através de uma análise comparativa, pretendeu-se compreender o processo de inserção da quebra da quarta parede na versão audiovisual como interpretação e tradução dos discursos diretos da personagem Francis Urquhart, presentes nos inícios dos capítulos das três obras literárias que compõem a trilogia House of Cards Pode-se observar, na construção da figura do meganarrador, calcada na separação das funções fílmicas entre duas entidades distintas, o mostrador e o montador fílmicos, o fato de a teoria cinematográfica não separar a figura do autor do narrador. Essa separação se mostra necessária pelo fato de, a partir dessa concepção, não haver espaço de inserção de agentes externos à diegese que modificam a maneira como a narrativa em si é construída, como é o caso dos atores. Para além disso, outras figuras intradiegéticas também são colocadas em graus narrativos secundários, por não haver a independência do texto em relação ao autor ao qual estão subordinados, promovendo uma barreira entre a obra de ficção e seus agentes internos, em prol da onipotência do autor. Por intermédio da desconstrução da autoria no cinema, utilizando-se das proposições de autores como Barthes (morte do autor) e Genette (transtextualidade), pretende-se demonstrar a necessidade de se diluir essa noção entre outros agentes envolvidos no processo de criação cinematográfico. |