Respostas fisiológicas de juvenis de piracanjuba (Brycon orbignyanus) submetidos em diferentes temperaturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pires, Bruno da Silva
Orientador(a): Streit Júnior, Danilo Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197743
Resumo: A piracanjuba (Brycon orbgynianus), é uma espécie nativa que por diferentes influências antrópicas, encontra-se ameaçada de extinção. Diante disto, estudos para melhorar as condições de criação ex situ para fins de conservação da espécie são de grande importância. Um dos principais fatores ambientais que agem sobre os peixes é a temperatura, devido a característica ectotermica destes animais, porem não se tem nenhum estudo sobre os efeitos da temperatura nesta espécie. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes temperaturas sobre o desempenho zootécnico e a fisiologia de juvenis de piracanjuba. Para isso foram utilizados 600 juvenis de piracanjuba, com peso médio de 4,47 g e 7,35 cm de comprimento total, divididos em oito unidades experimentais, submetidos á quatro diferentes temperaturas (20°, 23°, 26° e 29° C), totalizando quatro tratamentos com duas repetições, durante um período experimental de 120 dias. Foram avaliados o desempenho zootécnico, metabolismo e danos no fígado dos juvenis. A cada 30 dias foram realizados biometrias de 20 peixes, os quais foram anestesiados e mensurados o peso, o comprimento total e o comprimento padrão. Também foi coletado o fígado de 10 peixes para as análises metabólicas e avaliação dos danos hepáticos. Devido ao aumento do metabolismo ocasionado pelo aumento da temperatura, os juvenis submetidos às maiores temperaturas apresentaram os melhores resultados para desempenho zootécnico. Também, foram observadas mudanças no perfil metabólico hepático dos peixes. Houve redução da glicose hepática nos peixes mantidos na menor temperatura e aumento nos demais tratamentos, com redução da proteína hepática e do lactato à medida que aumentou a temperatura da água, sinalizando uma alteração no metabolismo anaeróbico dos peixes. Também foi observado aumento das células hepáticas, demonstrando maior concentração de glicogênio e contrastando com o aumento do metabolismo dos peixes. Entretanto, mesmo com as mudanças no metabolismo e com o aumento das células hepáticas, não houve comprometimento no desempenho zootécnico dos peixes. Concluímos que a piracanjuba apresenta boa adaptação à amplitude térmica entre 20° e 29° C, sem comprometer o seu desempenho e adaptando o seu metabolismo, tanto aeróbico quanto anaeróbico.