Entre locais e lugares : os vestígios dos antigos caçadores-coletores no arroio Touro-passo, Uruguaiana - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gomes, Flamarion Freire da Fontoura
Orientador(a): Dias, Adriana Schmidt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/166267
Resumo: O arroio Touro-passo localiza-se no município de Uruguaiana, na fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Nas décadas de 1960 e 1970, a região foi palco de importantes estudos arqueológicos como parte do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA) e do Programa Paleoindígena (PROPA). A coordenação dos trabalhos ficou a cargo do arqueólogo Eurico Th. Miller, do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (MARSUL), instalado em Taquara-RS, e do apoio técnico-financeiro do Smithsonian Institute, com sede em Washington-EUA. As ferramentas teórico-metodológicas empregadas na época favoreciam a localização de sítios arqueológicos do período pré-colonial, e o estabelecimento de filiações culturais para as indústrias líticas e cerâmicas a partir do postulado das “Tradições” e “Fases” arqueológicas. No entanto, decorridos mais de quarenta anos destas pesquisas, a região não havia sido estudada novamente. Desta forma, novas teorias e metodologias foram incorporadas neste estudo, a fim de fomentar novas discussões sobre o tema dos sítios arqueológicos na região. Este trabalho desenvolve-se à luz da Arqueologia Espacial, embasando-se em documentos primários e pesquisas de campo realizadas entre os anos de 2000 a 2015. O resultado é um reordenamento da questão das espacialidades, identificando-se sítios sem ocupações como „locais‟ arqueológicos‟, e sítios ocupados como „lugares‟ arqueológicos. Os termos foram incorporados do campo semântico da Geografia, e ao textualizar-se as espacialidades no arroio Touro-passo, evita-se o equívoco em considerar os sítios localizados no período do PROPA como as únicas referências cronológicas, estratigráficas e culturais para a arqueologia de caçadores-coletores na área em estudo.