"Isso não vai mudar o preço do feijão" : as disputas em torno da carestia em Porto Alegre (1945 a 1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pureza, Fernando Cauduro
Orientador(a): Petersen, Sílvia Regina Ferraz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/140414
Resumo: A presente tese pretende analisar uma importante dimensão da vida da classe trabalhadora em Porto Alegre: a pobreza e a escassez. A carestia, foco principal deste trabalho, é entendida não apenas como resultado econômico e aritmético, mas sim um fenômeno que altera relações políticas e sociais. Por sua natureza, ela altera também as formas às quais as classes sociais se organizam e lutam umas com as outras, estando no âmago de tensões da época. Em termos de recorte espacial e temporal, a cidade de Porto Alegre, durante o período democrático de 1945 a 1964, emerge como laboratório de análise para testar hipóteses e colocar à prova a ideia de que a carestia e a escassez de gêneros não eram somente processos econômicos, mas sim interrupções em práticas e relações que eram estabelecidas como norma. O que se pretende demonstrar aqui é que em diferentes instâncias, tais como o estudo estatístico, a política representativa e a jurisprudência da época, a chamada “economia popular” mostrou-se um campo de batalha entre trabalhadores, patrões e o Estado.