Análise do desgaste de escovas dentais após 3 meses de uso em ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fagundes, Adriane Vienel
Orientador(a): Oppermann, Rui Vicente
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222456
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar o desgaste de escovas dentais com cerdas macias e médias utilizadas em um ensaio clínico randomizado (ECR), cruzado, cego, e sua correlação com a presença de biofilme dental. Vinte participantes, adolescentes e adultos jovens, com saúde periodontal e sistêmica, foram randomizados para utilizar escova dental com cerdas macias ou médias. O período experimental compreendeu 2 fases de 3 meses cada. Um período de 10 dias de wash-out foi realizado entre as fases experimentais. Ao baseline, e a cada mês em ambas as fases, foi realizado exame de índice de placa visível (IPV) nas faces vestibulares. Ao final de cada fase, os participantes devolveram as escovas utilizadas. As dimensões das cerdas das escovas, macias e médias, foram aferidas previamente (baseline) bem como após 3 meses de uso. Foram feitos exames clínicos e mensurações das dimensões da cabeça das escovas em cada fase do estudo. As mensurações foram realizadas com um paquímetro digital, considerando a altura e largura, na região da ponta, média, e do cabo, e o comprimento (ponta ao cabo). A partir dessas mensurações, foi calculado o Índice de Espalhamento proposto por Ren e cols (2007). Também, foram atribuídos visualmente escores ao desgaste das escovas conforme método de Conforti et al. 2003. Comparação entre as escovas macias e médias quanto ao índice BSI foi investigada por meio do teste one-way ANOVA, enquanto mudanças médias nas dimensões das cerdas, antes e após o uso, e o comportamento longitudinal do IPV vestibular foram determinados por modelos lineares para medidas repetidas. A comparação dos escores do índice de Conforti foi realizada pelo teste de McNemar. Por fim, modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar o impacto do desgaste das cerdas (índice BSI), considerando a durezas das mesmas, no IPV vestibular. Dados de 17 escovas dentais de cada tipo compuseram as análises. Os resultados obtidos mostram que se comparadas ao baseline, ambos os tipos de escova apresentaram deformações significativas. Quando comparadas entre si, não foram observadas diferenças significativas no período do estudo. Resultado similar foi observado considerando o índice de Conforti Em relação ao acúmulo longitudinal do IPV no sítio vestibular, não foram observadas diferenças significativas considerando as escovas macias e médias. A análise ajustada não encontrou associação significativa entre o desgaste das cerdas e o IPV, independente do tipo de cerda das escovas. Pelo exposto, conclui-se que escovas macias e médias apresentaram desgaste decorrente do uso por 3 meses semelhante, e que mesmo após esse período ambos dispositivos não deixaram de proporcionar uma adequada remoção do biofilme. Esses resultados reforçam a indicação de uso de escovas macias em detrimento daquelas de cerdas médias.