Ciclo reprodutivo e dimorfismo sexual em Cnemidophorus vacariensis Feltrim & Lema, 2000 (Sauria, Teiidae) nos campos do Planalto das Araucárias do Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rezende-Pinto, Fabíola Munari
Orientador(a): Verrastro Viñas, Laura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10947
Resumo: O ciclo reprodutivo e o dimorfismo sexual no lagarto Cnemidophorus vacariensis foram estudados com base em dados coletados de agosto de 2004 a agosto de 2006, em Vacaria, Rio Grande do Sul, Brasil. A reprodução foi sazonal, com a presença de espermatozóides de setembro a dezembro e folículos vitelogênicos e/ou ovos de outubro a dezembro, com o recrutamento dos filhotes ocorrendo em janeiro e fevereiro. Houve evidências de duas desovas em uma mesma temporada reprodutiva. O tamanho da desova variou entre 2 e 6 (x = 4,10 ± 0,89; n = 21). Outras características reprodutivas também foram analisadas, assim como a relação entre a reprodução e os fatores climáticos. O comprimento rostro-cloacal dos machos sexualmente maduros variou de 48,84 a 72,86 mm (x = 63,26 ± 5,99 mm; n = 76) e, das fêmeas, de 57,36 a 81,8 mm (x = 70,0 ± 5,85 mm; n = 73). Entre os machos adultos, 88,1% (n = 37) apresentaram as escamas das primeiras e segundas fileiras longitudinais ventrais amarelas, enquanto que em jovens e em fêmeas adultas elas eram brancas, ou seja, da mesma cor do abdômen. Outras características morfológicas também foram comparadas entre os sexos.Algumas características da reprodução observadas são típicas para o gênero em ambientes de regiões temperadas. Entretanto, o maior comprimento rostro-cloacal das fêmeas em relação ao dos machos não é comum para outras espécies do gênero, nem para outras espécies da família Teiidae. Cnemidophorus vacariensis é aparentemente endêmico dos campos de altitude do sul do Brasil e está registrado como vulnerável em algumas listas de fauna ameaçada do país. São apresentadas algumas sugestões de medidas de conservação, em função da degradação observada no ambiente em que vive esta espécie.