Influência do tratamento com imatinibe sobre a sinalização purinérgica em linhagem celular de Leucemia Mielóide Crônica e avaliação do efeito citotóxico de sua combinação com derivado do ácido betulínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Willig, Julia Biz
Orientador(a): Pilger, Diogo Andre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201181
Resumo: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa caracterizada pela oncoproteína BCR-ABL. A primeira linha de tratamento é o mesilato de imatinibe, o qual atua como um inibidor seletivo da oncoproteína com diversos casos descritos de resistência e baixa aderência. Considerando-se a importância do ATP no desenvolvimento tumoral e o mecanismo de ação do mesilato de imatinibe, no capítulo I desse trabalho avaliamos a influência do tratamento com mesilato de imatinibe sobre o sistema purinérgico de células K-562 sensíveis e resistentes ao imatinibe através da hidrólise dos nucleotídeos de adenina e UDP, bem como da expressão das ENTPDs. Para suplantar as dificuldades enfrentadas pelo uso do fármaco, tem se intensificado a busca por novas moléculas baseadas em produtos naturais ou semissintéticos. Nesse contexto, no capítulo II verificamos a atividade citotóxica e possíveis mecanismos de ação do composto derivado do ácido betulínico nas linhagens celulares K-562, bem como o efeito da combinação do mesilato de imatinibe com este composto. De acordo com nossos resultados, a linhagem K-562 apresenta a expressão de todas ENTPDs e NT5E. No entanto, quando tratada com mesilato de imatinibe por 24 horas houve um aumento nas expressões de ENTPD1, ENTPD2, ENTPD3 e ENTPD5, juntamente com o aumento da atividade de hidrólise, que poderia ser causada pela ativação dessas enzimas em resposta ao acúmulo de ATP induzido por imatinibe. Em células K-562 resistentes ao imatinibe ocorreu a diminuição da expressão de ENTPD1 e ENTPD5, e hidrólise de nucleotídeos. Na avaliação do composto derivado, observou-se que o mesmo apresentou citotoxicidade nas células sensíveis e resistentes. A apoptose observada foi desencadeada pela via intrínseca com ativação das caspases 3 e 9 e o ciclo celular mostrou parada em G0/G1. Além disso, o derivado levou ao aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e à indução da autofagia, aumentando também a expressão dos genes de LC3II e Beclin-1. Nesse contexto, esse estudo fornece evidências em relação à importância e influência do imatinibe sobre a sinalização purinérgica e abre novas perspectivas para possíveis opções de tratamento como agente adjuvante na LMC.