Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rostirolla, Caio César |
Orientador(a): |
Portugal, Marcelo Savino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/284102
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Resumo: |
Esta tese é composta por três artigos independentes em macroeconomia aplicada. No capítulo 1, permitimos que um modelo DSGE de pequena economia aberta considere que os regimes dos coeficientes de reação das autoridades monetária e fiscal são endógenos, em que a alternância entre regimes depende se um fator latente estimado que representa o estado dos regimes cruza um limite. A endogeneidade dos regimes decorre das regras de movimento de cada fator latente, que são determinadas pelos choques estruturais da economia e pelos fatores defasados. As estimativas para a economia brasileira indicam que há forte presença de endogeneidade nos regimes monetário e fiscal; em especial, calculamos que os choques estruturais de política monetária apresentam peso relevante na determinação dos regimes futuros de políticas fiscal e monetária e que os choques idiossincráticos do fator fiscal influenciam o estado do regime monetário um passo à frente, mas não o contrário. No Capítulo 2, estudamos a introdução de Parâmetros Variáveis no Tempo nos modelos de curva de juros Nelson-Siegel Dinâmico à luz da GAS (Generalized Autoregressive Score) e como podemos usá-los para imunizar carteiras com exposições de prazos mais longos. Com base em dados de contratos do mercado de juros futuros brasileiro (DI-Futuro), estimamos diferentes especificações com atenção especial para o tratamento econométrico dos parâmetros de decaimento e volatilidade estocástica comum. Propomos o uso do Filtro Kalman combinado com a metodologia GAS para lidar com a não linearidade. Em seguida, testamos como as especificações estimadas performam em um contexto de imunização de uma carteira de ativos de crédito prefixado de longo prazo, usando instrumentos derivativos de curto prazo. Nossas estimativas apontam que a consideração de dinâmica no fator de decaimento combinada com a volatilidade estocástica melhora a performance de hedge. No Capítulo 3, estudamos alternativas de robustez para lidar com outliers na classe de modelos MF-VAR e realizamos um exercício de previsão em tempo real para o crescimento do PIB brasileiro durante o período da pandemia do COVID-19. Consideramos, no exercício de previsão do MF-VAR, três estratégias: (i) fixação dos parâmetros estimados até o final de 2019 para construção de previsões em 2020; (ii) adaptação da heterocedasticidade de forma ad-hoc; (iii) consideração de volatilidade estocástica juntamente à modelagem de caudas pesadas nos termos de erro e de outliers potenciais. O exercício empírico revelou que os modelos estudados são promissores em lidar com as observações extremas, de modo que superaram a pesquisa FOCUS na previsão do 1T/2020 e do 4T/2020. Em termos de previsão, encontramos que as estratégias (i) e (ii) são recomendáveis para a previsão de curtíssimo prazo, principalmente a primeira, mas não prospectivamente. Considerando a estratégia com caudas pesadas, esta apresentou intervalos de confiança mais estreitos, mas um desempenho preditivo de curto prazo relativamente mais fraco. |