Tipagem molecular para caracterização de surtos relacionados a isolados de Neisseria meningitidis do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nunes, Luciana de Souza
Orientador(a): Zaha, Arnaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194096
Resumo: A tipagem molecular é importante para vigilância e controle de surtos e epidemias da doença meningocócica, ajudando no desenvolvimento de estratégias preventivas. Os métodos disponíveis para a tipagem de meningococos são muito precisos, mas ainda são de alto custo e demorados para serem aplicados em larga escala, bem como em surtos, especialmente nos países em desenvolvimento. O objetivo deste estudo é padronizar um método de tipagem molecular para caracterização de isolados de Neisseria meningitidis, com base na amplificação do gene opa por um PCR multiplex, denominado Variable Site Specific-PCR (VSS-PCR). Setenta e cinco isolados de meningococo, obtidos do IPBLACEN/ RS, laboratório de referência do Estado do Rio Grande do Sul, foram utilizados para a padronização das condições da PCR e detecção de DNA por VSS-PCR. Os resultados foram comparados com os obtidos na análise utilizando MLST e PFGE. VSSPCR identificou 51 padrões diferentes de fragmentos, formando 14 clusters, PFGE identificou 35 padrões diferentes de fragmentos, formando 5 clusters e o MLST identificou 24 STs O poder discriminatório do VSS-PCR foi de 0,984, enquanto que o do PFGE e MLST foi de 0,979 e 0,928, respectivamente. Resistência intermediária ou total à penicilina foi identificada em 14,6% de todos os isolados de meningococo analisados. ST- 461 (p = 0,001) e ST-32 (p = 0,042) demonstraram maior associação com resistência à penicilina, quando comparado a outros STs. Em conclusão, o VSS-PCR mostrou uma resposta acurada para estudos epidemiológicos e um excelente poder discriminatório. Após a sua validação, o teste poderá ser utilizado como um método de triagem para a caracterização dos isolados associados a surtos da doença meningocócica, e distinguir clones associados à resistência total/intermediária à penicilina e distinguir linhagens hiperinvasivas. Esforços estão sendo feitos para explorar a aplicabilidade do VSS-PCR para a tipagem do meningococo diretamente em amostras clínicas.