Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Matos, Alex Bortolon de |
Orientador(a): |
Reginato, Pedro Antonio Roehe |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212328
|
Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo identificar a compartimentação estrutural e a ocorrência de interações hidrogeológicas, entre os Sistemas Aquíferos Guarani (SAG) e Serra Geral (SASG). Para tanto, a área de estudo, que envolve a região nordeste do RS, foi subdividida em duas partes, a Área do Planalto e a Área da Escarpa. Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados dados estruturais, morfoestruturais, geológicos, hidrogeológicos, hidroquímicos e isotópicos, do SAG e do SASG na região. Dessa forma, observou-se que na Área da Escarpa o SAG se apresenta compartimentado por 3 grandes estruturas, encaixadas nos Vales do Rio Caí, Rio Taquari e Rio dos Sinos. Nessa área, o fluxo segue dos altos potenciométricos, que coincidem com as porções mais elevadas da região, em direção aos grandes rios, que funcionam como zonas de descarga, e que coincidem com os locais onde foram encontradas as maiores capacidades específicas. Já na Área do Planalto observou-se uma maior atuação estrutural, tanto sobre o topo do SAG, quanto na potenciometria. Com base nestes dois parâmetros, foi possível identificar as principais estruturas que atuam na compartimentação do SAG nessa região, com orientações principais N30W e N60E, e secundárias N50W, N40-50E e E-W, possuindo relação com os grandes sistemas de falhas observadas por outros autores, e que podem permitir a conexão entre os aquíferos. Baseado nas características hidroquímicas do SAG foi possível identificar a individualização de 4 grupos hidroquímicos, com destaque para dois grupos com águas típicas do SAG de alto confinamento, classificadas como sulfatadas ou cloretadas sódicas, e que podem ter influência de águas do pré-SAG, apresentando como principais marcadores os valores elevados de sódio, cloreto, sulfato, fluoreto e condutividade elétrica. A utilização desses marcadores do SAG, aliado a uma potenciometria favorável desse sistema aquífero, e a existência de estruturas de conexão, possibilitou a identificação de dois grupos hidroquímicos do SASG onde ocorrem as interações, com águas que variam de bicarbonatadas sódicas à sulfatadas ou cloretadas sódicas. O modelo conceitual proposto demonstrou a existência de uma significativa influência da geomorfologia e das estruturas sobre os processos de misturas, com as áreas onde os vales são mais aplainados, permitindo uma maior recarga das fraturas do SASG, ao contrário do que ocorre em vales mais fechados, onde a hidroquímica mostra uma influência muito maior das águas do SAG, e onde foram observadas concentrações de elementos em patamares superiores aos recomendados para a potabilidade das águas. |