Diversidade de insetos predadores em pomares cítricos orgânicos e agroflorestais no Vale do Caí, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Dalbem, Ricardo Vieira
Orientador(a): Dal Soglio, Fabio Kessler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26742
Resumo: A biodiversidade tem papel importante no manejo das pragas dos agroecossistemas. Os sistemas de produção orgânico e agroflorestal representam técnicas de manejo que podem contribuir para o estabelecimento de uma maior diversidade, inclusive de organismos benéficos. Dentre estes, destacam-se os insetos predadores, que tem potencial para realizar o controle biológico natural de pragas. Este trabalho teve como objetivo amostrar a diversidade de insetos predadores e verificar se o manejo agroflorestal propicia uma maior diversidade deste grupo em comparação com o manejo orgânico tradicional. Foram realizadas amostragens mensais com uso de guarda-chuva japonês e rede de varredura, ao longo de doze meses, em quatro pomares cítricos em propriedades localizadas no Vale do Caí, duas com manejo agroflorestal e duas com manejo orgânico. Ao todo foram coletados 502 insetos predadores de 43 espécies, distribuídos em cinco ordens e nove famílias. O grupo mais rico foi Coccinelidade (Coleoptera), amostrado majoritariamente nas árvores de citros com o guarda-chuva japonês, enquanto que o mais abundante foi Formicidae (Hymenoptera), amostrado principalmente na vegetação espontânea com a rede de varredura. Os métodos de amostragem se complementam na amostragem da entomofauna presente nos agroecossistemas. Os estimadores de riqueza mostraram que não foi atingida a suficiência amostral. A distribuição de abundância seguiu o padrão para artrópodos em regiões tropicais, com muitas espécies raras. Os pomares agroflorestais tiveram índices de diversidade maiores que os pomares orgânicos. Os pomares com manejo agroflorestal foram mais ricos que os com manejo orgânico, quando a riqueza foi analisada contra a abundância. A composição da fauna foi distinta entre os pomares, mas não entre as estações. Os resultados mostram que o manejo agroflorestal estimula o estabelecimento de uma maior diversidade de insetos predadores. A diversidade estrutural e florística do pomar é importante, assim como as plantas espontâneas e a vegetação do entorno parecem ser reservatórios importantes para estes organismos.