Formação política na universidade : possibilidades a partir de (con)vivências na extensão/UFRGS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Zirger, Juliana
Orientador(a): Genro, Maria Elly Herz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77235
Resumo: Essa pesquisa busca refletir e analisar as possíveis contribuições da extensão para a formação política na universidade. Em um contexto marcado pelo esquecimento da política devido à debilidade dos valores coletivos e exacerbação dos princípios de mercado, faz-se necessário revigorar a credibilidade e a esperança em relação ao político. Para tanto, é imprescindível constituir um espaço público mais vibrante, onde ecoem valores e interesses coletivos advindos de múltiplas vozes que tecem o social. A universidade está sendo pensada a partir da perspectiva de instituição social e, portanto, como espaço no qual circulam demandas e tensões de toda a ordem, constituindo exigências plurais. A partir do recorte da extensão universitária, busca-se compreender de que forma a referida atividade pode contribuir para uma formação mais humana e política no espaço acadêmico, fortalecendo a universidade enquanto um espaço público mais latente. Em caráter qualitativo, lança-se mão de um estudo de caso sobre o Programa Convivências/UFRGS, edição 2011. A partir da realização de entrevistas semi-estruturadas com estudantes participantes do Convivências, objetiva-se conhecer as experiências vividas, bem como as concepções e significados construídos pelos estudantes sobre extensão e as relações desta com a formação acadêmica, política e contribuições à sociedade. O suporte teórico-conceitual encontra-se em Hannah Arendt (para pensar a política e o espaço público), José Dias Sobrinho (para refletir sobre a formação) e Boaventura Santos (para conjecturar sobre a universidade). Os resultados elucidam tensionamentos em relação às concepções de extensão e sobre as suas contribuições sociais. Mas os dados também trazem indícios que permitem pensar uma aproximação da extensão com a formação política na universidade, bem como a qualificação da formação acadêmica a partir das relações entre teoria e prática e do contato com realidades diversas. Dessa forma, a extensão - apesar dos desencontros de definições e dos tensionamentos em relação a sua atuação social, constitui uma experiência potencializadora da formação na universidade a partir do reconhecimento dos saberes plurais. Entretanto, há muito para se avançar na discussão sobre os saberes em extensão e esta pesquisa constitui apenas um passo entre muitos ainda necessários nessa complexa caminhada.