Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Torres, Therrése Tesser |
Orientador(a): |
Rodrigues, Lúcia Helena Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263424
|
Resumo: |
Os metais em água não se degradam ao longo do tempo, são contaminantes pertencentes ao grupo dos poluentes persistentes, e podem apresentar características de bioacumulação nos seres vivos e biomagnificação na teia trófica, sendo responsáveis pela geração de danos aos ecossistemas e, potencialmente, à saúde humana. A partir desta perspectiva, a aplicação de técnicas eficientes capazes de remover/reduzir metais presentes na água é fundamental para diminuir os impactos que estes elementos podem causar aos seres humanos e aos organismos aquáticos. Deste modo, a biossorção é um processo que utiliza materiais biológicos no desenvolvimento de adsorventes alternativos e mais viáveis economicamente para remoção de contaminantes presentes em amostras de água, é considerada como uma técnica ecológica. Em nosso estudo a escolha pela utilização das espécies de briófitas Sphagnum perichaetiale Hampe e Ricciocarpos natans (L.) Corda, se deve ao fato destas pertencerem a um grupo de plantas cosmopolita, serem resistentes às alterações ambientais e espécies com possibilidade de cultivo para posterior utilização como biossorventes, além de nativas do Rio Grande do Sul e já terem sido empregadas em outro estudo de biossorção, conduzido pelo grupo de pesquisa, que reconhece a eficiente capacidade de absorção de ambas espécies. Assim, o presente trabalho: 1) avaliou os principais aspectos relacionados à aplicação ambiental de musgos na remoção de contaminantes através de mecanismos de biossorção e fitorremediação, utilizando o software VOSviewer na elaboração de mapas bibliométricos acerca do tema e empregando informações obtidas na plataforma Web of Science; 2) analisou a capacidade de biossorção da espécie de musgo Sphagnum perichaetiale Hampe na remoção de cádmio (Cd), e das espécies R. natans (L.) Corda e S. perichaetiale, em atuação sinérgica, observando o potencial de remoção dos metais ferro (Fe) e cromo (Cr), em amostras aquosas, visando a aplicabilidade posterior da técnica na remediação de águas contaminadas, contribuindo científica e socialmente para o desenvolvimento de uma tecnologia ecológica em vista da melhoria na qualidade das águas. A busca relacionada a aplicação de musgos na fitorremediação e biossorção encontrou mais de 300 publicações. Deste total, observou-se que a maioria dos estudos foram desenvolvidos a partir do ano de 2005 para ambas áreas de pesquisa, sendo que estudos empregando musgos na fitorremediação tiveram maior número de publicações (n=17) em 2020, demonstrando assim que o uso deste grupo está em crescente desenvolvimento e apresenta valioso potencial de aplicação nestes campos de aplicação. Em relação aos resultados experimentais, observou-se elevada capacidade da espécie S. perichaetiale na remoção do metal Cd. Entre as três granulometrias avaliadas, a G1 (0,495 mm < dp < 0,248 mm) demonstrou melhor desempenho na remoção do metal. Para os resultados de atuação sinérgica das espécies, também foi observada remoção eficiente dos metais Fe e Cr, com remoções de 94 % do ferro presente na solução e 100 % do cromo presente nas amostras, com o emprego da biomassa seca. A partir destes resultados, é possível concluir a viabilidade de utilização de ambas espécies como agentes fitorremediadores e biossorventes naturais na remoção de contaminantes metálicos presentes em amostras de água. |