Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Conte, Elaine |
Orientador(a): |
Martini, Rosa Maria Filippozzi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/40493
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Resumo: |
O trabalho discute o conceito de performance na esfera pedagógica, que ficou submetido a uma racionalidade instrumental e objetivista, incidindo na pedagogização dos processos formativos e na orientação para uma educação técnica. Investigar a performance docente, problema pouco estudado sob o ponto de vista teórico e prático, é, portanto, possibilitar a superação da apática limitação do próprio conceito, proveniente da sua redução ao princípio da identidade cientificista e da autoridade didática. Em vista dessa exigência, pretendemos lançar um olhar hermenêutico-reconstrutivo com o intuito de repensar os equívocos nos rumos do debate para sugerir sua compreensão como forma de fazer com que a multiplicidade interpretativa possa interagir de modo comunicativo entre formadores, formandos e interlocutores pedagógicos, aperfeiçoando a competência comunicativa na formação de professores. A tese analisa a dimensão performativa reconstruída pela via da racionalidade comunicativa de Jürgen Habermas e Paulo Freire, em diálogo com outros pensadores, reconhecendo a interdependência das várias formas de argumentação e de inter-relações formativas para justificar a singularidade do trabalho pedagógico, tendo em vista a possibilidade realizadora da fala na educação, que integra e inclui a verdade do mundo objetivo, o moralmente prático e o esteticamente expressivo. Ensinar não consiste apenas num dizer, mas num fazer, num agir, no sentido ético, estético e técnico, isto é, produtivo, formativo e expressivo da comunicação humana. Tal racionalidade poderia satisfazer as demandas estéticas e sociais frente aos reducionismos intelectuais, abrindo espaço à pluralidade e à contingência da prática cotidiana, admitindo justificações argumentadas pelo enfoque performativo que assegura validades em favor de um mundo da ação intersubjetiva, dialógica e humana, que é sempre suscetível de refutação. Tal proposta exigiria entre outras modificações, desenvolver o saber linguístico-expressivo dos professores, a ser construído durante o processo formativo, relativizando as concepções positivistas de competência em benefício de uma racionalidade aprendente, performativa e mais alargada de compreensão do mundo. |