As práticas de gestão de organizações certificadas como socialmente responsáveis no sul do país : em busca do exercício da cidadania organizacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Aramburú, Juliane Viégas
Orientador(a): Antunes, Elaine di Diego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/9974
Resumo: O presente estudo aborda a questão da cidadania organizacional, através da análise das práticas de gestão, em especial as de Gestão de Pessoas, de empresas certificadas socialmente pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil). As práticas de gestão podem desencadear tanto um processo de inclusão como de exclusão social, mas se estas forem socialmente responsáveis, poderão contribuir para o desenvolvimento da cidadania organizacional, segundo Melo Neto e Fróes (2001). Vale destacar que a responsabilidade social e a cidadania organizacional estão sendo tratadas como questões estratégicas no ambiente empresarial competitivo. E por essa razão, acredita-se que ao se destacar as práticas socialmente responsáveis das empresas certificadas possivelmente se estará estimulando o desenvolvimento destas em outras organizações. No caso, sabe-se que as organizações em estudo já atuam na área social, mas há possibilidade de qualificar suas ações neste campo. Desta forma, o estudo assumiu primeiramente o caráter exploratório descritivo, ao evidenciar o retrato de trinta organizações, por meio de levantamento tipo Survey. A maioria das pesquisadas é de empresas privadas nacionais, de grande porte, pertencente aos setores de indústria e serviços e com mais de 20 anos de atuação. Identificam-se as práticas de gestão destas organizações e é verificada a contribuição destas, de maneira geral, para o processo de inclusão social. Percebe-se também que as empresas, em sua maioria, declaram-se cidadãs. No entanto, algumas ainda privilegiam o assistencialismo em detrimento do auxílio à comunidade para que esta obtenha seus direitos sociais. Já que algumas têm esse perfil assistencialista, procurou-se, em um segundo momento, analisar uma organização que se destacasse das demais por seus projetos sociais e sua relação com os funcionários. O objetivo era que esta servisse de exemplo às outras para que estas possam qualificar suas ações. Assim, realizou-se um estudo de caso no Banco do Brasil. Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dois Analistas de Gestão de Pessoas e um da Superintendência Estadual, que tratam das questões sócio-ambientais do Banco. Além disso, foram aplicados 811 questionários aos funcionários de várias regiões do Estado do Rio Grande do Sul e realizadas entrevistas com membros de uma comunidade beneficiada pela organização. Com isso, foi possível perceber que o Banco também pode buscar qualificar suas práticas socialmente responsáveis voltadas aos funcionários. Por fim, foram propostas ações para as organizações estudadas que podem possibilitar a adoção, a manutenção e o aprimoramento da cidadania organizacional e contribuir para a inclusão social no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.