Máquinas, inscrições e observador : o problema da visualização do conhecimento numa abordagem sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Diehl, Rafael
Orientador(a): Maraschin, Cleci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/27966
Resumo: Nesta tese, argumenta-se que as inscrições são a interface a partir da qual é possível considerar metodologicamente a condição de observadores na visualização do conhecimento. Para isso, considera-se os limites dos sistemas formais, a crise da representação e o modelo da Máquina de Turing como afirmações da condição encarnada do conhecer. Nesse contexto, a noção de informação mostra-se indício de uma transição paradigmática entre um modelo de conhecimento representacional, no qual a posição de um observador frente às representações não entra na configuração analisada, e um modelo sistêmico, que exige a consideração de diferentes níveis de organização e suas limitações que emergem da autorreferência. Propõe-se a noção superfície de inscrição para abordar a relação entre operatividades mecânicas, como a encontrada nos computadores, e o domínio consensual da linguagem que permite explicar um mundo entendido como realidade. Essa noção é forjada como um artifício teóricometodológico para evitar, em contextos educativos e de pesquisa, a reificação de uma posição frente aos quadros explicativos que reforça dicotomias tipo natureza-cultura e deslegitima o potencial enunciativo de qualquer ser humano. O artifício é proposto em três campos de análise e legibilidade: o campo das condições técnicas das superfícies; a estabilização de uma posição de observação diante das superfícies de inscrição; e o contexto político do uso de tais superfícies para compartilhar e explicar.