Achados radiográficos incidentais : estudo retrospectivo de 1099 radiografias panorâmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gadonski, Giselle
Orientador(a): Rados, Pantelis Varvaki
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277319
Resumo: A rotina para o diagnóstico em estomatologia envolve anamnese, exame físico e, em alguns casos, a recomendação e interpretação de exames complementares, como a radiografia panorâmica. Em algumas situações clínicas, exames de imagem de rotina revelam alterações nos ossos maxilares, como achados incidentais (AI). Entre estes achados, lesões como a osteíte condensante (OC), a osteoesclerose idiopática (OI) e as lesões fibro-ósseas (LFO) podem ser encontradas. Como muitos destes achados apresentam características semelhantes, é importante conhecer o seu comportamento para evitar que o diagnóstico seja negligenciado e confundido com outros AI. Objetivos: Avaliar as radiografias panorâmicas de pacientes da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e analisar a ocorrência de lesões ósseas assintomáticas, suas características, sua evolução e o tipo de conduta que foi realizada. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo do tipo observacional descritivo, em que foram avaliadas as radiografias panorâmicas realizadas na Faculdade de Odontologia da UFRGS, de janeiro de 2021 até fevereiro de 2023, com o objetivo de diagnosticar lesões ósseas assintomáticas. As alterações ósseas foram classificados em grupos: Grupo I- Lesões ósseas radiolúcidas (uniloculares ou multiloculares); Grupo II- Lesões ósseas com radiopacidades (IIA radiopaca e IIB mista); e Grupo III- Lesões com características assintomáticas/encaminhadas para controle (Grupo III A radiolúcidas e Grupo III B radiopaca/mista). Foi registrada a frequência absoluta e a frequência relativa de todas as variáveis como sexo, raça, grupos, sítio anatômico e hipótese diagnóstica. A média de idade com desvio padrão foi calculada, e o teste t foi aplicado para comparação. O teste qui-quadrado, considerando nível de significância de 5 %, foi aplicado para comparar variáveis demográficas, como sexo, e raça entre grupos, e hipóteses diagnósticas com sítio anatômico em tabulação cruzada. Foi considerado resíduo ajustado para as variáveis comparadas duas a duas. Resultados: Foram analisadas 1.099 imagens de 1.086 pacientes, e em 42,44 % dos pacientes havia pelo menos um achado radiográfico assintomático. Os achados mais comuns foram os pertencentes ao grupo IIIA e IIIB. A maior prevalência das lesões estava no grupo IIIB, onde OC e OI foram as mais prevalentes (57.59% e 28.92%, respectivamente). Não houve diferença estatística entre as idades médias dos grupos IIIA e IIIB (p= 0.224), e nem entre raça e sexo (p= 0.824 e p= 0.345, respectivamente). Houve associação estatisticamente significativa entre localização e hipótese diagnóstica nos casos de: molares inferiores com OC e LFO; pré-molares inferiores e corpo/ramo mandibular com OI. Conclusão: A alta prevalência de AI em nosso estudo mostra a importância de ser feita avaliação pelos cirurgiões-dentistas das radiografias panorâmicas, para que se faça o diagnóstico e manejo corretos. A presença de AI como OC, OI, LFO pode ter implicações no diagnóstico e no planejamento do tratamento, e há a recomendação de controle e acompanhamento radiográfico.