Bioecologia de Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) e ocorrência de parasitoides em Eucalyptus spp. (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rauber, Marina
Orientador(a): Jahnke, Simone Mundstock
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197339
Resumo: No Brasil, o eucalipto foi introduzido para fins comerciais e, com ele, foram incorporadas pragas como Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae), que induz a formação de galhas. Considerando a rápida expansão da vespa pelo país, estudos sobre fatores que restringem sua ocorrência tornam-se essenciais. A seleção de materiais genéticos de eucalipto menos suscetíveis ao desenvolvimento das galhas, bem como o emprego de inimigos naturais, são apontados como estratégias de controle. Os objetivos do trabalho foram: (a) registrar a ocorrência de L. invasa e de parasitoides em municípios do Rio Grande do Sul; (b) avaliar a incidência de galhas em espécies, clones e híbridos de eucalipto, indicando resistência à L. invasa e o desenvolvimento das mudas na pós-infestação e (c) distinguir diferenças anatômicas externas e internas de galhas em materiais genéticos de eucalipto. As galhas foram armazenadas para registrar-se o número médio de L. invasa emergidos por município. Em viveiro experimental, verificou-se a presença de galhas nas folhas e pecíolos de 10 materiais genéticos de eucalipto e mediu-se a altura e circunferência das plantas para acompanhar o efeito no desenvolvimento pós-infestação. Através de cortes histológicos das folhas, avaliou-se a anatomia dos tecidos e os aspectos externos das galhas de cada material genético. Em todos os municípios amostrados constatou-se a presença de L. invasa. A quantidade de indivíduos nos municípios pode estar relacionada a fatores como altitude, temperatura, densidade do plantio e entre os materiais genéticos. Foi registrada a primeira ocorrência de Megastigmus brasiliensis (Hymenoptera: Torymidae) no Rio Grande do Sul. A análise dos componentes principais indicou Clone Grancam 1277 como o material genético de maior infestação por galhas, entretanto com maior crescimento em circunferência. Os clones 469 PA e 1528 não apresentaram galhas e mantiveram o crescimento adequado. Além disso, Clone Grancam 1277 apresentou menor distância histológica da epiderme ao floema. Nos materiais genéticos em que essa distância foi superior, apesar de se verificarem os sinais de oviposição, não ocorreu o desenvolvimento das galhas. Observou-se que, quanto menor a distância para a vespa inserir o ovipositor no floema da planta, mais acessível será para o ovo se desenvolver e ocorrer a formação das galhas. Mecanismos de resistência de espécies de eucalipto à L. invasa podem ocorrer devido a diferentes fatores, como ambientais e genéticos.