Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Guilherme Duarte |
Orientador(a): |
Schwindt, Luiz Carlos da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56026
|
Resumo: |
Sufixos em língua inglesa são tradicionalmente divididos de acordo com a influência fonológica que exercem em derivações. Dessa forma, sufixos que não causam alteração fonológica alguma na base à qual se anexam são chamados neutros. Nestes casos, a posição acentual primária permanece inalterada: «flávor» → «flávor-less». Sufixos não neutros, por outro lado, podem afetar fonologicamente a derivação de duas maneiras: (a) altera-se a posição acentual, como em «réal» → «rèal-íze», ou (b) altera-se a qualidade de um determinado segmento, como em «wide» (/waɪd/) → «wid-th» (/wɪdθ/). Com o objetivo de examinar a aquisição de padrões acentuais em palavras sufixadas do inglês (L2) por falantes de português brasileiro (L1), o presente estudo concentra-se especificamente no grupo (a) de sufixos não neutros. Para a coleta de dados, elaborou-se um teste empírico de produção de fala em que aprendizes se deparavam com bases reais e hipotéticas e suas respectivas derivações. Os dados gerados foram comparados entre três níveis de proficiência (básico, intermediário e avançado) e analisados com base nos diferentes tipos de sufixos não neutros utilizados neste estudo. A partir dos dados encontrados, foram realizadas duas análises. Primeiramente, os sufixos em questão foram subdivididos de acordo com (a) o tipo de alteração acentual resultante em cada derivação e (b) seu número de sílabas. Foi possível, então, verificar não apenas se as produções de fala continham alterações na posição acentual, mas que sufixos poderiam reduzir ou aumentar a acurácia nas produções dos aprendizes participantes. Também foram verificadas relações entre os padrões acentuais em L1 e L2, o que pode indicar parcialmente as razões pelas quais algumas derivações parecem ser mais ou menos difíceis a falantes de português brasileiro aprendizes de inglês. Os resultados encontrados indicam uma escala de dificuldade de aquisição baseada na estrutura silábica dos sufixos e na forma com que essa estrutura está relacionada à posição acentual resultante nas derivações analisadas. A segunda análise parte do modelo otimalista – OT – (PRINCE & SMOLENSKY, 1993/2004) e consiste em um exercício teórico em que os dados encontrados são rodados no Algoritmo de Aprendizagem Gradual – GLA – (BOERSMA, 1998; BOERSMA & HAYES, 2001). O objetivo desta etapa está dividido em duas partes: (a) mostrar como a variação encontrada nos dados pode ser contemplada e explicada através do algoritmo em questão e (b) examinar, via restrições, como é possível dar conta da aquisição de certos padrões acentuais que demandam uma configuração silábica presente apenas em L2, qual seja, um núcleo silábico ocupado por vogal longa e que atrai acento primário. |