Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moretto, Carla |
Orientador(a): |
Scarparo, Roberta Kochenborger |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270547
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Resumo: |
Altas taxas de sucesso de tratamentos conservadores da polpa (TCP) têm sido relatadas, mas a idade do paciente ainda é considerada uma preocupação para indicação desses tratamentos. Este estudo visa responder à questão de pesquisa formulada com o acrônimo PECOS: (P) participantes apresentando dentes permanentes submetidos a TCP; (E) pacientes mais jovens; (C) pacientes mais velhos; (O) taxas de sucesso clínico e radiográfico do TCP; e (S) ensaios clínicos e estudos observacionais. As bases de dados PubMed, EMBASE, Lilacs e Web of Sciene foram pesquisadas sem restrição de data até fevereiro de 2023. Dois revisores independentes selecionaram e extraíram os dados; divergências foram resolvidos por dois revisores senior. As características dos estudos foram tabuladas e metanálises considerando pontos de corte de 25, 40 e 60 anos foram realizadas para avaliar os efeitos da idade nas taxas de sucesso do TCP. Análises de subgrupo compararam as modalidades de VPT e os períodos de acompanhamento pós-operatório. O software RevMan foi utilizado para as análises. As ferramentas RoB 2.0 e ROBINS I tool avaliaram o risco de viés, e os critérios GRADE foram usados para avaliar a força da evidência disponível. Vinte e três manuscritos foram incluídos na síntese qualitativa e 16 nas meta-análises. A idade dos participantes não teve efeito no sucesso dos TCP, exceto para o subgrupo de capeamento pulpar, em que pacientes com menos de 40 anos foram favorecidos. Viéses relacionados a dados faltantes e a medições de resultados foram as principais preocupações na análise da qualidade dos estudos, resultando em um risco geral de viés moderado. A certeza da evidência foi classificada como baixa (para o ponto de corte de 60 anos de idade) e moderada (para os pontos de corte de 25 e 40 anos de idade). A suposição de que pacientes jovens se beneficiarão de uma cicatrização pulpar mais previsível não foi confirmada pelos resultados do presente estudo, tendo em vista que a idade do paciente não afetou os resultados de pulpotomias parciais e totais. As diferenças dessas duas modalidades de tratamento com o capeamento pulpar direto podem estar relacionadas à remoção parcial da polpa irreversivelmente inflamada e/ou infectada, bem como com uma melhor avaliação clínica das características do tecido pulpar. Todos os estudos de capeamento pulpar direto que compuseram essa revisão avaliaram, apenas ou majoritariamente, tratamentos realizados após exposição pulpar por cárie. Assim, as evidências disponíveis não permitem que as vantagens nos resultados de tratamentos de pacientes jovens sejam extrapoladas para situações de exposição mecânica da polpa dentária. A idade do paciente não afeta os resultados da pulpotomia parcial e total. Idade do paciente superior a 40 anos deve ser considerada um preditor de risco para pacientes submetidos a capeamento pulpar direto após exposição cariosa. Análises adicionais em ensaios clínicos bem desenhados são necessárias para melhorar a certeza da evidência relacionadas à associação entre idade e os desfechos de TCP. |