Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ádria Barros de |
Orientador(a): |
Kastensmidt, Fernanda Gusmão de Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/173785
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Resumo: |
Os processadores embarcados operando em sistemas de segurança ou de missão crítica não podem falhar. Qualquer falha neste tipo de aplicação pode levar a consequências inaceitáveis, como risco de vida ou danos à propriedade ou ao meio ambiente. Os sistemas embarcados que operam em aplicações aeroespaciais são sucetíveis à falhas transientes induzidas por radiação. Entretanto, os efeitos de radiação também podem ser observados ao nível do solo. Falhas transientes afetam os processadores modificando os valores armazenados em elementos de memória, tais como registradores e memória de dados. Essas falhas podem levar o processador a executar incorretamente a aplicação, provocando erros na saída ou travamentos no sistema. Os avanços recentes em processadores embarcados concistem na integração de processadores hard-core e FPGAs. Tais dispositivos, comumente chamados de Sistemas-em-Chip Totalmente Programáveis (APSoCs), também são sucetíveis aos efeitos de radiação. Com objetivo de minimizar esse problema de tolerância a falhas, este trabalho apresenta um Dual-Core LockStep (DCLS) como uma técnica de tolerância para mitigar falhas induzidas por radiação que afetam processadores embarcados em APSoCs. Lockstep é um método baseado em redundância usado para detectar e corrigir falhas transientes. O DCLS proposto é implementado em um processador ARM Cortex-A9 hard-core embarcado no APSoC Zynq-7000. A eficiência da abordagem implementada foi validada tanto em aplicações executando em bare-metal como no sistema operacional FreeRTOS. Experimentos com íons pesados e emulação de falhas por injeção foram executados para analisar a sucetibilidade do sistema a inversão de bits. Os resultados obtidos mostram que a abordagem é capaz de diminuir a seção de choque do sistema com uma alta taxa de proteção. O sistema DCLS mitigou com sucesso até 78% das falhas injetadas. Otimizações de software também foram avaliadas para uma melhor compreenção dos trade-offs entre desempenho e confiabilidade. Através da análise de diferentes partições de software, observou-se que o tempo de execução de um bloco da aplicação deve ser muito maior que o tempo de verificação para que se obtenha menor impacto em desempenho. A avaliação de otimizações de compilador demonstrou que utilizar o nível O3 aumenta a vulnerabilidade da aplicação à falhas transientes. Como o O3 requer o uso de mais registradores que os otros níveis de otimização, o sistema se torna mais sucetível à falhas. Por outro lado, os resultados dos experimentos de radiação apontam que a aplicação compilada com nível O3 obtém maior Carga de Trabalho Média Entre Falhas (MWBF). Como a aplicação executa mais rápido, mais dados são computados corretamente antes da ocorrência de um erro. |