Propagação de Hippeastrum reticulatum var. striatifolium (Herb.) Herb.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Heintze, Willian
Orientador(a): Schafer, Gilmar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108710
Resumo: Hippeastrum reticulatum var. striatifolium (Herb.) Herb. é uma espécie nativa no Brasil. Possui elevado potencial ornamental pela beleza de suas folhas perenes e floração anual. Moderadamente tolerante ao sombreamento, a torna indicada para uso em interiores. A produção de mudas é pouco estudada, refletindo em indisponibilidade e baixa difusão dessa espécie no mercado produtor e consumidor. Este trabalho teve por objetivo investigar aspectos relacionados à produção de mudas por micropropagação e por sementes. Bulbos de plantas existentes na Faculdade de Agronomia-UFRGS foram desinfestados com NaClO e termoterapia para micropropagação. Variações na posição de incubação (posição horizontal e vertical), concentrações de sacarose, reguladores de crescimento no meio de cultivo (BAP e ANA) e tamanho prévio dos bulbos foram avaliadas em relação à organogênese in vitro. Mudas micropropagadas foram aclimatizadas em diferentes substratos. Foi determinado o teor de umidade de sementes e avaliado o pré tratamento com frio e sua implicação na germinação. A desinfestação com NaClO 1,72% por 15‟ associada à imersão dos explantes por 30 minutos em água a 52°C diminuiu a contaminação in vitro sem ocasionar morte dos explantes. Explantes incubados na posição vertical em relação ao seu eixo polar apresentaram maior número e diâmetro de brotações, número e soma do comprimento de raízes e número de folhas por explante, em relação aos incubados na horizontal. Concentrações de sacarose próximas e menores que 60g L-1 aumentaram o número e tamanho de brotações, enquanto que menores que 50g L-1 melhoraram o enraizamento e a formação de folhas. A concentração testada de 100g L-1 foi prejudicial. A utilização de 6- benzilaminopurina (BAP) no meio de cultivo inibiu a formação de raízes e o diâmetro das brotações, enquanto a utilização de ácido naftaleno acético (ANA) aumentou o número de brotações. A combinação de ANA e BAP foi antagônica em relação à média do comprimento de raízes e folhas, com maior média observada na ausência de ambos. A presença de carvão ativado no meio de cultivo diminuiu os efeitos inibitórios do BAP. Explantes originários de bulbos com maior diâmetro formaram mudas maiores, mais numerosas e com maior massa de matéria fresca. A aclimatização de mudas micropropagadas foi eficiente em diversos substratos (sobrevivência > 90%), com destaque qualitativo à casca de Pinus compostada e quantitativo ao Comercial 1. Sementes maduras apresentaram teor de umidade próximo a 80%. A propagação por sementes foi possível, sem a necessidade de quebra de dormência com frio, com tempo médio de germinação em torno de 30 dias.