Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Araújo, João Pedro da Silva |
Orientador(a): |
Mello, Luciana Garcia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258483
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Resumo: |
Esta pesquisa analisa as identidades raciais no espaço cristão evangélico. O estudo quer entender como pessoas negras com consciência racial articulam sua identidade racial em relação a sua identidade religiosa evangélica, de que forma compreendem as questões raciais e a modelagem com que estas se apresentam no meio cristão evangélico, além de apreender as estratégias que estas pessoas utilizam para operar estas identidades. Embora a religião evangélica seja constituída de uma maioria de fiéis mulheres e negras, tais identidades não se expressam quando se observa as lideranças desta religião. Por isso, importa compreender esta aparente contradição. Para tanto, realizou-se oito entrevistas em profundidade, na modalidade de perguntas semiestruturadas, com pessoas negras de diferentes igrejas evangélicas em estados do sudeste e nordeste do Brasil, que foram encontradas a partir de um grupo online de leitura bíblica chamado “Leitura Bíblica Afrocentrada”. Para análise das entrevistas realizadas, buscou-se os teóricos de raça e racismo, bem como a leitura de sociólogos brasileiros que pesquisam o público e a religião evangélica. Compreendeu-se que os interlocutores se utilizam, principalmente, de saídas individuais para lidar com os conflitos raciais no interior dinâmico de suas igrejas, visto que não encontram abertura para tal diálogo e o silenciamento de pautas raciais é uma prática repetida em igrejas evangélicas não progressistas. A partir da análise das entrevistas, percebeu-se que as pautas raciais são lidas como temáticas “mundanas” na igreja e que se contrapõem à busca pela coesão, representada na ideia de “rebanho”, objetivada pelas igrejas. Contudo, na mesma linha da história do cristianismo evangélico, ou seja, marcado por cismas e pela formação de uma diversidade de vertentes e denominações, os sujeitos negros evangélicos têm encontrado formas, como o próprio grupo em que se encontraram as pessoas entrevistadas, de coletivizar seus questionamentos e ressignificar sua fé a partir de sua identidade racial. |