Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonzales, Rogério Leite |
Orientador(a): |
Nascimento, Luis Felipe Machado do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180896
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Resumo: |
Enquanto caminhamos para a terceira década no século XXI, o mundo enfrenta problemas expressivos e complexos, interligando desenvolvimento e estilo de vida, sem esquecer alguns desafios um pouco mais urgentes, como o aumento das desigualdades sociais, desmatamento e desaparecimento de espécies, mudanças climáticas, qualidade e escassez de água, e segurança alimentar. Ainda que possamos identificar os resultados do modelo positivista e mecanicista de desenvolvimento adotado, em especial no mundo ocidental, temos sido incapazes de agir para evitar a destruição do planeta. A educação popularizada nos últimos séculos, com o objetivo de sustentar e promover o modelo de desenvolvimento em questão, enfrenta um movimento global de contestação, e tampouco tem conseguido evoluir. Frente a esse panorama, este estudo, de caráter exploratório, faz uso da teoria da Educação Sustentável como ponto de apoio para propor uma metodologia de Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) em turmas do curso de Administração de Empresas, e compreender os efeitos da ABP quando aplicada no ensino de Sustentabilidade. A Teoria da Aprendizagem Experiencial (TAE) dá o suporte teórico para o entendimento dos processos vividos pelos participantes da pesquisa. Para viabilizar a concepção, aplicação e acompanhamento dos resultados e verificar a percepção dos discentes, a metodologia utilizada foi a Pesquisa Ação Participante (PAP). Durante os doze meses de pesquisa no campo, foi possível desenvolver dois ciclos de aplicação da ABP, onde mais de 150 alunos construíram projetos que se propuseram ultrapassar os muros da universidade e influenciar a comunidade, tendo a sustentabilidade como tema transversal e conector das propostas desenvolvidas O estudo apoia-se na percepção dos alunos, através de processos contínuos de feedback e recursivos de adaptação da metodologia, para refinar a proposta metodológica de aplicação da ABP e verificar a percepção dos alunos com relação à proposta desenvolvida. Ainda que haja estranhamento por parte dos estudantes em um primeiro momento (a característica mais progressista da disciplina, que coloca o aluno em uma posição de protagonismo, em muitos casos induz à incapacidade ou não interesse em exercer esse papel), ao final do semestre, após repetidos processos de reflexão sobre a experiência vivida, o desconforto em geral é ressignificado como aprendizado. Tal qual a TAE e a PAP, a proposta desse trabalho é avançar no entendimento das formas e resultados possíveis de serem atingidos com o uso da ABP tendo a sustentabilidade como contexto, porém tendo clareza sobre a complexidade da temática e a recursividade do processo de aprendizagem e sobre espaços para melhorias e adequações da metodologia. Esperamos que esse movimento possa inspirar outros colegas docentes a fazer uso da ABP ou outras metodologias ativas que ajudem na transformação urgente e necessária que vivemos hoje. |