Obesidade sarcopênica em pacientes com síndrome pós-COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Soares, Cássia Medino
Orientador(a): Dall'Alba, Valesca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271285
Resumo: Introdução e objetivo: A síndrome pós-Covid-19 (SPC) é um conjunto heterogêneo de sintomas persistentes por mais de 4 semanas em pacientes infectados pelo Sars-Cov2. Pacientes com SPC, especialmente aqueles que tiveram infecção mais grave e que apresentam obesidade, são mais propensos a apresentarem redução de força e massa muscular. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi identificar os melhores parâmetros para o diagnóstico de obesidade sarcopênica (OS) em pacientes com SPC. Métodos: Estudo transversal com pacientes adultos, de ambos os sexos, diagnosticados com Síndrome pós-COVID-19 (CID B94.8), que passaram por internação prévia em Unidade de Tratamento Intensivo para tratamento de complicações relacionadas a COVID-19. Para o diagnóstico de OS foram adotados os critérios sugeridos pela Sarcopenic Obesity Global Leadership Initiative (SOGLI). Os pacientes foram avaliados em duas etapas, sendo que no primeiro momento todos foram triados para presença de provável OS e num segundo momento, passaram para a etapa de diagnóstico. Na primeira etapa os pacientes foram triados para presença de obesidade (Circunferência da Cintura (CC) ≥92 cm para homens e ≥86 cm para mulheres ou IMC ≥30kg/m²), além de critério indicativo de provável sarcopenia (limitação funcional leve, moderada ou grave segundo a Escala de Estado Funcional Pós-Covid-19 - PCFS). Os pacientes que preencheram esses critérios passaram para a etapa de diagnóstico, na qual foram avaliados: 1) baixa força muscular- através do Teste de sentar e levantar (FTST) (≥17 segundos) e pela força de aperto de mão- FAM (27 Kg/f para homens e 16 Kg/f para mulheres); e 2) alteração da composição corporal por bioimpedância elétrica e por dupla emissão de raios X para detectar elevado percentual de gordura ou reduzida massa muscular (pontos de corte por etnia, gênero e idade de acordo com SOGLI). Resultados: Foram incluídos 88 sujeitos adultos com idade média de 51,48±12,75 anos, 53,4% homens e 78,4% brancos. Quanto aos parâmetros avaliados para identificação de OS, a CC foi superior ao IMC na detecção de obesidade (95,45% vs 92%) e em relação à provável sarcopenia, 57,7% apresentaram limitação pela PCFS. Assim, 49 pacientes passaram para a etapa de diagnóstico, onde identificou-se 46 pacientes com elevado percentual de gordura e 46 com reduzida Massa Muscular Esquelética (MME) pelo DXA, enquanto pela Impedância Bioelétrica (BIA) (67,34% com elevado percentual de gordura e 87,75% com reduzida MME respectivamente). Quanto à redução de força, 20 pacientes apresentaram força reduzida no teste de sentar e levantar e apenas 10 pela FAM. Dessa forma, utilizando os parâmetros que mais identificaram pacientes com alteração, encontrou-se uma prevalência de 21,59% de OS. Conclusão: Os parâmetros que melhor identificaram OS em pacientes com síndrome pós- COVID-19 foram: CC, Escala Funcional Pós Covid, redução de força pelo teste de sentar e levantar, porcentagem de gordura elevada e redução de massa muscular esquelética pelo DXA.