Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luciana Dalazen dos |
Orientador(a): |
Mello, Joao Roberto Braga de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/163464
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Resumo: |
O alecrim (Rosmarinus officinalis L.) é uma planta comum de jardim, estudada por suas diversas atividades biológicas. O óleo essencial de alecrim (OEA) é composto por substâncias químicas que interagem entre si e com o organismo de forma complexa, portanto, para que possa ser utilizado pela indústria farmacêutica é necessário avaliar minuciosamente a sua segurança. Os testes de toxicidade reprodutiva são recomendados pela ANVISA, OECD e FDA como parâmetros a serem avaliados em relação aos efeitos de desenvolvimento reprodutivo. Tendo em vista a importância de estabelecer segurança ao usar esta planta, este estudo investigou a toxicidade reprodutiva do óleo essencial de Rosmarinus officinalis e seu composto majoritário (1,8 cineol) em ratos Wistar, avaliando machos e fêmeas adultos, efeitos sobre o desenvolvimento fetal e parâmetros comportamentais da prole. Os animais foram divididos em cinco grupos experimentais: CN (controle negativo – Tween 80), C3 (OEA 300 mg.kg-1), C6 (OEA 600 mg.kg-1), C12 (OEA 1200 mg.kg-1) e CE (1,8 cineol 134,55 mg.kg-1). Os machos foram tratados antes (70 dias) e durante o acasalamento (21 dias) e as fêmeas antes (14 dias) e durante o acasalamento (21 dias), gestação (21 dias) e lactação (21 dias). Para o estudo dos efeitos teratogênicos sobre as ninhadas, somente fêmeas foram tratadas do 6° ao 15° dia de gestação. Para identificar alterações no sistema reprodutivo dos machos e da fêmeas foram avaliados: consumo relativo de água e ração, peso relativo de órgãos, histopatologia, taxas reprodutivas e sinais de toxicidade; além disso, para os machos ainda foram estudados número e morfologia dos espermatozoides. Na prole, foram avaliados: comportamento e sinais de toxicidade materna, parâmetros reprodutivos e comportamentos em campo aberto e sexual. E para o potencial teratogênico, os fetos passaram pelo processo de diafanização, coloração e em seguida avaliados individualmente para a presença de alterações esqueléticas. O composto majoritário identificado e quantificado no óleo foi 1,8-cineol (44,85 %). Na avaliação dos efeitos reprodutivos de machos e fêmeas adultos, as fêmeas do grupo CE apresentaram redução no número de fetos por ninhada (8,3) e aumento da massa corporal (7,1g) dos mesmos, sugerindo embrioletalidade. Os animais não apresentaram sinais de toxicidade sistêmica. Para a prole avaliada, houve aumento da testosterona sérica (7,98 ng/mL) e do número de espermatozoides (624,37 x 106) para o grupo CE. No PPD 2 os animais dos grupos C6 (27,8s) e C12 (28,73s) levaram mais tempo para concluir o reflexo de endireitamento em superfície, o que também ocorreu para os animais do grupo C6 (12,27s) no PPD4. Os animais do grupo C6 (19,45s) e C12 (20,70s) também tiveram aumento do tempo no reflexo de geotaxia no PPD2. O grupo C3 demonstrou maior comportamento exploratório no teste de campo aberto, com aumento da frequência de entrada no centro (14,73) e diminuição de grooming (0,54) quando comparados ao grupo controle. Não foram observados sinais de toxicidade materna. Na avaliação dos fetos expostos durante o período de organogênese, houve uma tendência para o aumento das perdas pós-implantação, quanto maior a dose testada, para os grupos que receberam OEA. Os tratamentos interferiram no desenvolvimento fetal demonstrado pelo retardo no desenvolvimento esquelético em todos os grupos, sugerindo que a exposição à estas doses do óleo essencial e 1,8 cineol devem ser evitadas em gestantes. Os grupos C6, C12 e CE apresentaram maior proporção de fetos com anormalidades no esqueleto (78,31%, 100% e 95,06%, respectivamente). |