Monteiro Lobato : Um homem célebre & O engraçado arrependido - aspectos de comicidade em Cidades mortas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Weller, Daniel
Orientador(a): Fischer, Luís Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131765
Resumo: A recepção da obra adulta de Monteiro Lobato (1882-1948) está longe do sucesso de crítica e de público obtidos por seus livros para crianças. Complexo pela sua personalidade, pelos seus conflitos com o mundo das letras e por suas altas expectativas, Lobato foi acima de tudo um realizador que interferiu no contexto de sua época e causou estardalhaço com suas produções, principalmente da obra adulta, caracterizada pelo seu estilo simples e direto de abordar temas polêmicos. De forma geral, são recentes os trabalhos de revalorização da sua literatura para adultos, procurando corrigir equívocos, frutos de apagamentos e análises generalizantes. Apesar de sua produção diversificada, alguns comentadores destacam uma característica que estaria presente em toda a sua obra: seu pendor para o cômico. A presente dissertação procura investigar o humor de Lobato a partir da análise dos 35 textos de Cidades Mortas, publicado em 1919. A partir dos 15 aspectos de comicidade propostos por Vladímir Propp (1895-1970), procuraremos demonstrar que o cômico é um traço marcante e uma característica recorrente nesses textos, escritos entre 1900 e 1919. Para compreensão do cômico dos textos lobatianos e de como esse traço se relaciona com a sua trajetória, o contexto da Belle Époque brasileira é apresentado, momento em que havia no ar a dúvida do quanto o humor poderia ser prejudicial à carreira e ao prestígio simbólico dos escritores, além de poder ser interpretado como estar pouco engajado no projeto de construção nacional.