Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Fabiana Santos |
Orientador(a): |
Eichler, Marcelo Leandro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197206
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo fazer um resgate histórico do projeto de “Redefinição de Bases Curriculares e Metodológicas do Ensino de Química Vinculados à 28ª Delegacia de Ensino da SEC/RS”, que ocorreu em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul na primeira metade da década de 1990, e contrastá-lo com a realidade do ensino de Química atual na educação básica da rede pública estadual, no final dos anos de 2010. Para tanto, levou-se em consideração a trajetória profissional de alguns envolvidos no processo, de modo a compreender como a inovação em sala de aula, a partir de um trabalho em equipe construído com seus pares, influenciou, ou ainda influencia a sua prática docente. Também procurou-se analisar as concepções que os professores de Química têm acerca da sua prática e como eles acreditam que os seus alunos compreendem o que está sendo ensinado. O projeto em questão, que aconteceu de 1991 a 1995, tinha o intuito de reunir professores de Química que atuavam em escolas públicas estaduais dos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, e Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, e discutir propostas para a inovação em sala de aula, utilizando como base uma questão importante que estava presente nos discursos dos profissionais que trabalhavam na Área de Educação Química da UFRGS: aproximar a Química do cotidiano dos estudantes. Tudo isso aconteceu através da construção coletiva de propostas para o trabalho em sala de aula. Embora a pesquisa feita durante este trabalho tenha investigado momentos históricos bastante distintos, com uma diferença de mais de 20 anos, serviu para perceber que muitos dilemas enfrentados pelos educadores continuam a tangenciar o seu cotidiano em sala de aula e que os desafios estarão sempre presentes no âmbito da educação. No entanto, quando há apoio mútuo, muitas dessas dificuldades podem ser solucionadas. Para a coleta de dados, referente à década de 1990, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito professores participantes do trabalho junto à 28ª DE/RS, sendo quatro professores de Química do ensino médio, e quatro vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Visando reconhecer aspectos do ensino de química no final dos anos de 2010, foram feitas entrevistas com oito professores que atuam na rede pública estadual nas mesmas escolas nas quais os professores da década de 1990 atuavam. Essas entrevistas foram gravadas e transcritas para que pudessem ser analisadas e interpretadas de maneiras distintas: i) para os sujeitos da década de 1990, foi realizada uma análise da história de vida dos sujeitos, de modo a compreender como o projeto influenciou e ainda influencia o seu trabalho docente; ii) para os sujeitos dos dias atuais, foi utilizada, em um primeiro momento, a análise textual, e num segundo momento, a análise de conteúdo, esta última apoiada pelo software QSR NVivo 11. Além disso, foram analisados os materiais que foram elaborados nos anos 90 para as três séries do ensino médio, contendo todas as atividades que foram realizadas com os alunos, desde leituras de textos e reportagens da época, análise de rótulos, até atividades experimentais, que eram o foco principal do trabalho na ocasião. Dar voz aos professores que fizeram parte do projeto que ocorreu na década de 1990, evidenciou o quanto essa oportunidade transformou a sua carreira e como foi importante a troca de informações e a cumplicidade que existiu entre os participantes, gerando frutos positivos que ainda influenciam as suas atividades nos dias de hoje, mesmo que muitos não atuem mais na educação básica. No entanto, mesmo com resultados tão marcantes, as instituições em que as propostas foram desenvolvidas não guardam mais nenhuma lembrança dessa atividade, e os profissionais que hoje estão nesses locais, seguem na luta, em um processo atomizado, buscando melhores condições de trabalho e ofertas de formação continuada. |