Análise química e bioatividades in vitro de frutos de espécies da família Arecaceae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Marin, Rafaela
Orientador(a): Henriques, Amelia Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194556
Resumo: A família Arecaceae é caracterizada pelo grande número de espécies com elevado valor nutritivo e comercial agregados. Nesta família se encontram as espécies Butia capitata, Butia lalemantii e Syagrus romanzofiiana, nativas do Brasil e produtoras de frutos utilizados na alimentação. Devido à escassez de dados na literatura, este trabalho buscou informações fitoquímicas e dados farmacológicos para os mesocarpos e amêndoas dessas três espécies, bem como as possíveis variações na composição química entre coletas em anos diferentes (2005, 2006 e 2007) da espécie B. capitata. A partir dos mesocarpos dos frutos das cinco amostras foram realizadas análises de: a) quantificação dos micronutrientes por espectroscopia por absorção atômica. b) quantificação dos polifenóis totais. C) obtenção, transesterificação e análise dos metilésteres presentes no óleo fixo. D) análise de óleos voláteis por cromatografia em fase gasosa (CG). Os resultados apontaram o cálcio como microelemento mais abundante em todas as amostras. Quanto ao teor de fenóis, o maior teor (2,1g%) foi evidenciado para B capitata. Quanto aos óleos voláteis os resultados apontaram principalmente biciclogermacreno (20,1%) como componente majoritário. Em relação aos óleos fixos, Ác. Palmítico foi majoritário em B. capitata e S. romanzofiiana e Ác. Esteárico em B. lalemantii. Das amêndoas de S. romanzofiiana foi extraído óleo fixo, submetido a diferentes técnicas de transesterificação (catálise ácida, alcalina e com BF3) e analisado por CG. Foi observada a predominância de ácidos graxos saturados de cadeia média, sendo os ácidos láurico (27-48%) e oléico (11,24-26%) os majoritários. Os extratos metanólicos das cinco amostras apresentaram atividades antioxidante nas concentrações 10, 20, 40, 80, 160, 320, 450, 550, 650, 750, 850, 1000 μg/ml). Os resultados da determinação de atividade antiinflamatória in vitro demostraram que os extratos de B. capitata e B. lalemantii foram ativos nas concentrações de 40, 80, 60 μg/ml, enquanto o óleo dessas espécies se mostrou ativo nas concentrações de 5, 10, 20, 40, 80, 160 μg/ml. O extrato da espécie S. romanzofiina (80 e 160 μg/ml) bem como o óleo (10, 20, 40, 80, 160 μg/ml) se mostraram menos ativos. Os resultados indicaram a presença de metabólitos bioativos. Estes compostos agregam valor nutricional e nutracêuticos aos frutos dessas palmeiras.