Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jorge Paiva da |
Orientador(a): |
Genro, Maria Elly Herz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115956
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Resumo: |
Esta pesquisa tem o propósito de analisar e refletir sobre a participação dos atores universitários, através de um estudo do caso do Salão de Iniciação Científica da UFRGS. Atores universitários aqui foram representados por professores, estudantes e técnicos. A proposta tem a preocupação com a inovação na educação superior. Trata-se de uma análise de fragmentos de percepções e perspectivas, que dão pistas a uma inovação na universidade, sendo esta em construção por aproximações à democracia participativa, incluindo estudantes, professores e técnicos. Entretanto, existe um contexto marcado pelo contraditório pela mediação da avaliação como um instrumento de controle na universidade, por conta da avaliação externa. Agentes externos do CNPq avaliam também o SIC, preocupados com a prestação de contas dos bolsistas PIBIC/CNPq. Ao mesmo tempo, há a avaliação educacional como um instrumento de construção do conhecimento e de responsabilidade democrática do conhecimento, avaliando outros sujeitos, como os voluntários em pesquisa. Por essa lógica de responsabilidade democrática, desafiamos o seu formato com aproximações da Avaliação Participativa (LEITE, 2005). Antes e depois do Salão de IC da UFRGS, também, as experiências nos falam de outros limites e possibilidades de participação dos atores universitários. Diante desse quadro complexo, procedemos à análise, interpretação e dialetização das potencialidades da participação, da democracia, da relação da universidade e sociedade através de percepções e perspectivas dos sujeitos universitários, engendrando os dados com o referencial teórico. Para o estudo do caso qualitativo do SIC, recortamos o período dos anos 2011 a 2013. Fizemos uso da análise documental e de entrevistas semiestruturadas. Pela análise do conteúdo, entrelaçamos o material empírico com o referencial teórico. Encontramos suporte teórico-epistemológico e conceitual em Denise Leite (como avaliações e Avaliação Participativa na universidade); Boaventura de Sousa Santos (refletindo sobre Democracia Participativa); Santo e Almeida-Filho (Universidade no Século XXI); e Joaquim Severino e Pedro Goergen (considerando a emergência de uma ética praxista em educação). Os resultados evidenciaram que o evento tem relevante importância aos sujeitos, mas que apresenta contradições. Na avaliação educacional, existem potencialidades a uma avaliação participativa. Houve avaliações externas e internas, apresentações públicas, regras estabelecidas para discutir o conhecimento produzido em pesquisa. Entretanto, quanto à premiação, os destaques são interessantes pelo mérito científico de quantos forem certificados, diferente do prêmio UFRGS Jovem, que é algo a ser repensado, enquanto discussão do valor meritocrático somente a um estudante. Nesse repensar, com relação ao processo decisório para a construção do SIC, técnicos e estudantes não participam da comissão organizadora do evento, ao passo que os professores acumulam diversas funções e papeis na universidade. Colocamos em evidência, também, os desafios aos rumos da virtualização da apresentação de pôsteres, antes físicos, agora virtuais. Apontamos benefícios significativos à avaliação interna, das bancas julgadoras, aproximando a sociedade do conhecimento produzido em pesquisa. Também tecemos considerações sobre as importantes contribuições das práticas de interação política e momentos de escuta ao outro enquanto avaliação educativa. Colocamos a questão da organização do momento “livre” de trocas de experiências, que precisa ser repensado. Sobre isso, colocamos a oportunidade da entrada do Salão de IC no conjunto de eventos da semana acadêmica do Salão UFRGS. Na medida em que identificamos o enfoque que se resumiu à divulgação coordenada do conhecimento, outras possibilidades interdisciplinares surgem como inovação pedagógica. Sendo esta pesquisa uma singela contribuição, o evento do tipo SIC é hoje uma realidade em todas as instituições beneficiárias do programa PIBIC/CNPq. Os resultados desta pesquisa não pretendem ser absolutos. Nossa intenção, acima de tudo, foi o de evidenciar um olhar sobre a questão de um evento que tem sua realização na semana acadêmica, mas implica desdobramentos como processo de formação científica durante o ano e desenvolvimento e aproveitamento curricular são certificados, sendo importante na aproximação da graduação com a pós-graduação. |