Integração monetária e financeira na América do Sul : a perspectiva brasileira em um sistema internacional multimonetário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Peruffo, Luiza
Orientador(a): Cunha, Andre Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70014
Resumo: A ideia da criação de uma moeda única remonta às origens do Mercosul e perpassa, ainda hoje, o imaginário de diversas lideranças políticas de países da América do Sul (UNCTAD, 2007; BICHARA, CUNHA e LÉLIS, 2008; DEOS, MENDONÇA e WEGNER, 2010). A despeito da distância entre as intenções e a prática, o período recente está repleto de novidades. A crise financeira global testou os limites da liderança estadunidense e do modelo neoliberal. Em seu rastro cresceu o poder das nações emergentes. O G8 perdeu prestígio para o G20. Antes da crise, o forte crescimento da economia mundial, sob a liderança chinesa, propiciou a elevação no preço das commodities, favorecendo a emergência de um ciclo de crescimento com melhoria na situação financeira externa e interna da maioria das economias sul-americanas. Se, depois da crise da dívida externa dos anos 1980, a instabilidade e a divergência cíclica marcaram a interação entre os países sul-americanos, a primeira década do século XXI testemunhou uma convergência mais virtuosa. Neste contexto, foram ganhando força novas iniciativas de cooperação monetária e financeira, com destaque para a proposta do Banco do Sul, a criação do Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul e do Sistema de Pagamentos em Moedas Locais, dentre outras iniciativas. Portanto, parece estar se criando um espaço de inovação em meio a um cenário internacional marcado pela “ascensão do resto” e pela decadência relativa dos Estados Unidos. Considerando-se o caso sul-americano, a partir da ótica brasileira, esta pesquisa pretende analisar a possibilidade, os custos e as vantagens de se aprofundar a cooperação monetária e financeira em nível regional. Assumindo que não há horizonte de reformas substanciais no sistema monetário internacional no curto prazo (UNCTAD, 2007; OCAMPO, 2006) e observando-se uma tendência de emersão de um sistema multimonetário (EICHENGREEN, 2011), o objetivo geral é o de responder as seguintes perguntas: (i) seria viável o surgimento de um subsistema monetário sul-americano centrado na economia brasileira? (ii) dadas as assimetrias regionais, como se pode avançar na integração sem comprometer o desenvolvimento nacional? e (iii) os mecanismos de cooperação monetária e financeira hoje existentes podem garantir o avanço na integração regional?