Funções executivas e estrutura de sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em duas culturas distintas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Wagner, Flávia
Orientador(a): Trentini, Clarissa Marceli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/134566
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi comparar crianças e adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) de duas culturas distintas. Para isso, foram analisados dados de dois centros de excelência em pesquisa do TDAH, sendo um do Brasil e outro dos Estados Unidos. A tese foi composta por três estudos. O primeiro, de caráter teórico, teve por objetivo apresentar os principais modelos cognitivos do TDAH e revisar os principais achados atuais em relação à neuropsicologia do transtorno. A partir desse estudo, um estudo empírico foi realizado com o propósito de comparar se o padrão de déficits em medidas de funcionamento executivo está de acordo com a literatura revisada e é similar nos dois países. O terceiro estudo buscou analisar a organização dos sintomas do TDAH nos dois países através de modelos bifatorias, que permitem a representação do transtorno através de um fator geral e fatores específicos. Os principais resultados indicam que o padrão de déficits neuropsicológicos e de organização dos sintomas apresenta similaridades entre as duas culturas analisadas. Entretanto, também foram encontradas algumas singularidades conforme o país, o que possivelmente retrate as diferenças devido a diferentes procedimentos de recrutamento das amostras e às características psicométricas dos instrumentos utilizados nas análises, bem como aspectos inerentes a cada cultura. Por fim, os estudos demonstraram que o TDAH apresenta similaridades em relação à organização dos sintomas e ao padrão de déficits executivos em duas amostras culturalmente distintas, contribuindo para a validade transcultural do transtorno. Estudos futuros que possam comparar amostras mais homogêneas podem estender os achados desta tese. Além disso, o desenvolvimento e a padronização de instrumentos diagnósticos e neuropsicológicos é encorajado para maximizar a validade da comparação de resultados de culturas distintas.