Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Agra, Anderson Azevedo |
Orientador(a): |
Osorio, Eduardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/195695
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Resumo: |
A marcha do alto-forno a coque está intimamente relacionada com as propriedades do coque metalúrgico, principalmente a sua resistência mecânica. A resistência mecânica de um material frágil e poroso, como o coque, é governada especialmente pelas propriedades da matriz e pela distribuição espacial entre matriz carbonosa e os poros, definida como microestrutura. Dessa forma, a posse de uma ferramenta metodológica que permita a caracterização da microestrutura do coque é de grande valia para compreensão dos potenciais mecanismo de falhas frente a solicitações mecânicas e definir melhores estratégias de composição de misturas de carvões para produção de coque, visando atingir microestruturas adequadas. Nesse trabalho, foi desenvolvido uma metodologia de caracterização microestrutural de coque metalúrgico por microscopia ótica associada a análise de imagens. Devido à sua grande heterogeneidade microestrutural, as melhores condições de granulometria das partículas de coque, número de amostras analisadas (plugs) e área de campo analisada de cada plug foram definidas. Coques produzidos em escala laboratorial e piloto, com carvões de propriedades distintas, foram caracterizados a partir da metodologia desenvolvida. Foi identificado nesse trabalho que a microestrutura porosa dos coques é controlada majoritariamente pelas propriedades dos carvões, onde: carvões de alta plasticidade (>1000 ddpm), com alto conteúdo de matéria volátil (>30%) e com índice CBI menor que 1 (CBI < 1), geram coques de alta porosidade e com poros de tamanho excessivo; carvões de baixa fluidez (< 200 ddpm) e com alta concentração de inerte (R/I < 1,4 e CBI >1) dão origem a coques de baixa porosidade e com poros pequenos e aciculares; os carvões que produzem coques com as microestruturas mais adequadas possuem fluidez no intervalo de 200 a 1000 ddpm, com CBI próximo à unidade. Os coques gerados por esses carvões possuem baixa porosidade, poros pequenos e com formatos adequados. A descrição da resistência mecânica pelos parâmetros microestruturais dos coques, através das equações descritas na literatura, foi possível apenas para aqueles provenientes de carvões com concentração de inertes inferior a 40% (não saturados em inertes). Para a descrição do comportamento mecânico dos coques saturados em inertes, foi necessário a inclusão de parâmetros relativo as regiões derivadas dos componentes inertes. Correlações entre os índices dos ensaios de resistência mecânica e dos parâmetros microestruturais foram realizadas com sucesso por três abordagens: (1) modificações de equações da literatura, (2) regressões multivariadas e (3) relações com as áreas mais críticas da resistência mecânica dos coques. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho demonstrou-se que a utilização da metodologia desenvolvida permite a caracterização representativa da microestrutural porosa dos coques e os parâmetros provenientes dessa análise podem ser relacionados com a resistência mecânica a frio desse material. Destaca-se ainda que essa dissertação está alinhada com as tendências dos trabalhos atuais de automatização, troca de dados e simulação, tipicamente classificados no conceito da indústria 4.0. |