Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Frank, Ingrid |
Orientador(a): |
Garcez, Pedro de Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/156337
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Resumo: |
Este trabalho se alinha a estudos de vertente sociocultural que buscam descrever organizações interacionais entre múltiplos participantes que oferecem condições para a produção conjunta de conhecimentos no plano social (HEWITT, 2004; SCHULZ, 2007; ABELEDO, 2008; BULLA, 2007; STAHL, 2011, SALIMEN; GARCEZ, SALIMEN, 2011, entre outros). Tendo como ponto de partida descrições já realizadas sobre a relação entre perguntas na organização da fala-em-interação de sala de aula e a criação de oportunidades de construção de conhecimentos nesse cenário, o objetivo é descrever a mobilização de perguntas em um laboratório de desenvolvimento de tecnologia de ponta, onde – diferentemente do que costuma ocorrer em sala de aula – não há um participante que se coloca na posição de quem detém de antemão o conhecimento a ser produzido: um laboratório de tecnologia de ponta. Partiu-se de um corpus de 38 ocorrências de resolução de problema identificadas por Kanitz (2013) em 60h de registros audiovisuais gerados no laboratório investigado. Foram selecionados dois segmentos interacionais cujo início é típico do que ocorre na totalidade dos dados: um participante pede a ajuda de outro, mas em cada um deles o participante que pede ajuda projeta uma posição epistêmica distinta em relação ao outro e à solução do problema Na análise, foram focalizadas as perguntas mobilizadas pelos participantes ao longo de cada segmento e descreveu-se de que modo sua mobilização contribuiu (ou não) para a resolução do problema. Sustenta-se que ao mobilizarem perguntas no laboratório de tecnologia investigado os participantes: 1) implementam ações diversas para resolver os problemas ligados aos projetos do laboratório; 2) calibram, sustentam e negociam seus status epistêmicos, o que é decisivo para a resolução dos problemas que eles enfrentam; e 3) ratificam e sustentam a participação e a competência de cada um para o trabalho colaborativo de resolução do problema. Portanto, é mediante trabalho interacional custoso, com orientação constante a esses três aspectos, que os participantes criam condições para produzir em conjunto o conhecimento necessário para resolver os problemas que emergem das atividades ligadas aos projetos do laboratório. A investigação realizada oferece contribuições para estudos de fala-em-interação interessados em descrever modos de organizar a produção de conhecimento, ao documentar um desenho organizacional em que perguntas são recursos disponíveis a todos os participantes para implementar ações diversas orientadas à resolução de problemas derivados de projetos. Por extensão, a pesquisa oferece subsídios para a defesa de uma pedagogia baseada em projetos. |