Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Pires, Suyan Maria Ferreira |
Orientador(a): |
Silveira, Rosa Maria Hessel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/256246
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Resumo: |
A presente dissertação trata das representações de gênero em ilustrações de livros didáticos de Língua Portuguesa de 4. série do Ensino Fundamental, pertencentes ao início dos anos 80 e ao final dos anos 90 e início de 2000, ou seja, distanciados em quase vinte anos. Seu objetivo foi investigar as formas de representação de homem e mulher em tais ilustrações, focalizando atribuições de características, traços e ações a um e a outra. Como base teórica para tal análise utilizaram-se autores do campo dos Estudos Culturais e dos Estudos sobre Gênero. As análises estão fundamentadas, basicamente, em obras de Judith Butler, Stuart Hall, Guacira Lopes Louro, Monserrat Moreno, Antônio Pierucci, Joan Scott e Tomaz Tadeu da Silva. Foram escolhidos, para análise, 17 livros, sendo nove da década de 80 e os outros oito, do final da década de 90 e início de 2000. Foram analisadas ao total 229 ilustrações, considerando-se tanto as ilustrações textuais - motivadas pelas temáticas dos textos - quanto as ilustrações deslocadas, aqui consideradas aquelas que adornavam a página, relacionavam-se a outras seções que não o texto ou completavam sua diagramação. As análises efetuadas, apresentadas sob os subtítulos profissões, esportes, brinquedos, aparência e ações, permitiram observar continuidades e descontinuidades nos livros das duas épocas. Observou-se, assim, no subtítulo profissões, que os manuais didáticos reforçam a divisão de profissões em masculinas e femininas. Na seção sobre esportes, percebe-se que, embora o masculino ainda seja o gênero dominante das personagens focalizadas, o feminino já vem aumentando seu espaço nas ilustrações. Da mesma forma, nas ilustrações de brinquedos, couberam, predominantemente, aos meninos, brincadeiras agitadas e brinquedos ativos e, às meninas, reservaram-se brincadeiras mais calmas. Na categoria aparência notou-se que tanto meninos quanto meninas mostram-se com roupas e adereços semelhantes aos usados em nosso dia a-dia. E por fim, nas ações foram exibidos meninos audaciosos, travessos, atrevidos, enquanto às meninas cabiam tarefas manuais e tranquilas. Apesar de algumas mudanças, muitas representações tradicionais dos gêneros masculinos e femininos se mantêm, a despeito das lutas sociais empreendidas pelos movimentos feministas e de um controle maior por órgãos governamentais, sobre tais aspectos. Os livros analisados, em sua maioria, dão maior visibilidade ao gênero masculino, tanto nos textos quanto nas ilustrações, contribuindo de certa forma para reforçar as desigualdades de gênero. |