Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Justino, Guilherme Jancowski de Avila |
Orientador(a): |
Ferraretto, Luiz Artur |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212455
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Resumo: |
As estratégias empresariais que levam a aproximações e afastamentos entre conglomerados de comunicações no território brasileiro são o foco desta dissertação. No contexto capitalista, a concorrência nem sempre significa que todos os grupos midiáticos atuantes em um mesmo setor irão competir entre si: não raro, a busca pelo domínio do mercado leva possíveis concorrentes a unirem-se em torno de um mesmo objetivo. É o que fica claro nas negociações que levaram o Grupo RBS, com sede em Porto Alegre e de operação regional, a procurar – ou ser procurado para – aproximações com o Grupo Globo, maior oligopólio de comunicações do país, sediado no Rio de Janeiro, e com a Telefónica de España, multinacional da área de telefonia que investe no Brasil atraída pela privatização de empresas de telecomunicações na década de 1990. A partir da economia política da comunicação, avalia-se criticamente a exploração da comunicação como um negócio, apesar da sua função social. Obras de Bolaño (1988, 2011), Harvey (2008), McChesney (2008) e Ortiz (1994) são utilizadas como parte do referencial teórico. A pesquisa, de cunho histórico, retrata a trajetória do Grupo RBS, principal objeto do estudo, desde seu início com Maurício Sirotsky Sobrinho até o final do século 20, e suas estratégias nos dois momentos-chave mencionados: as parcerias com a Globo, iniciada em 1962 e ainda em vigor, concentrada na televisão; e com a Telefónica, que começa com a compra da CRT, em 1996, e termina com o desacordo entre os grupos no leilão da Telebrás, em 1998. Metodologicamente, recorre-se à pesquisa bibliográfica, a entrevistas em profundidade com fundadores do Grupo RBS, utilizando também preceitos da história oral, e ao conceito de história das instituições, de Schudson (1993). Parte-se do trabalho de autores como Capparelli (1982), Cruz (1996), Ferraretto (2002, 2007), Herz (1987) e Santos (1999) para estabelecer as bases da pesquisa. Entre as contribuições do estudo, estão a descoberta do início da parceria entre RBS e Globo, a definição da data de surgimento do grupo gaúcho como conglomerado e uma avaliação sobre as consequências do investimento do Grupo RBS em telefonia. Destaca-se que, na parceria com o conglomerado espanhol, a RBS procurava diversificar seus negócios, ingressando, além da comunicação, também na telefonia. Com o fim do acordo, o grupo gaúcho acaba focando em sua operação midiática e regional, concentrada nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, deixando para trás os planos de expansão nacional e, talvez, internacional para outros setores. |