Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Caroline Fredrich Dourado |
Orientador(a): |
Trevizan, Luciano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197831
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Resumo: |
O presente estudo avaliou a incidência de lesões dentárias em cães adultos alimentados com ossos autoclavados de diferentes densidades. Doze cães Beagle adultos sadios (6 machos e 6 fêmeas, 4 anos de idade, 12,7 ± 1,67 kg PC) foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos: osso compacto (OC) ou osso esponjoso (OE) por 14 dias. Os cães receberam um alimento extrusado duas vezes por dia para atender à exigência energética de manutenção diária (NEM = 130 x kg0,75). Os dentes de todos os cães foram radiografados nos dias 0 e 14, e fotografias das arcadas dentárias foram capturadas nos dias 0, 3, 6, 9, 12 e 14. Ambos tipos de ossos foram visivelmente efetivos na redução de cálculos dentários (CD) após 3 dias de suplementação (69,6% OE vs. 47,2% OC), porém as diferenças entre os tipos de ossos foram observadas apenas a partir do dia 9 (87,5% OE vs. 75,3% OC) até o dia 14 (92,8% OE vs. 80,8% OC), com efetividade superior nos dentes pré-molares e molares, seguido pelos caninos. Não foram observadas fraturas em raízes e esmalte dentários, nem alterações no trato gastrintestinal dos animais decorrente do consumo de ossos. As lesões se restringiram a gengiva e foram brandas, associadas apenas ao grupo OE (n=7). As lesões foram decorrentes do trauma promovido pela mastigação intensa e contínua dos ossos. Neste mesmo grupo, foi observado resquícios de ossos entre os dentes em dois cães, fato negativo a ser considerado. Devido a porosidade e menor densidade dos OE os cães puderam quebrar pequenos pedaços que ficaram retidos entre os dentes, o que pode gerar lesões dentárias. Os resultados demonstram que a suplementação com OE e OC foi altamente eficaz na remoção de CD. A suplementação com ossos de forma contínua, por 20 horas durante 13 dias sucessivos implicou em lesões gengivais devido ao esforço empregado na mastigação, fato que também ocorre com a mastigação contínua de outros itens mastigatórios e, até mesmo, brinquedos podem promover injúrias ao tecido gengival. A porosidade apresentada pelos OE em comparação aos OC parece ser a mais adequada para a limpeza do CD. Assim, o uso de ossos, em período similar ao avaliado, propositando a remoção de CD é uma alternativa eficaz na manutenção da saúde oral canina, prolongando o intervalo entre as limpezas periodontais. Cuidado especial deve ser dado após a suplementação de OE. A verificação de pedaços presos entre os dentes é importante, fato que mantém a profilaxia odontológica como uma prática necessária. |