Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Borba, Bru Likes |
Orientador(a): |
Haas, Aline Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/288643
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Resumo: |
Introdução: A dança vogue femme é uma das categorias de batalhas performáticas que acontecem nos bailes da cultura Ballroom. Esta é resultante de diversos processos históricos ligados a pessoas negras, latinas e LGBTQIA+ do Harlem em 1960 e, atualmente, é popular globalmente, sendo o Brasil um dos pontos de efervescência. Esta dança possui cinco elementos performáticos, sendo o dip o mais emblemático, envolvendo flexibilidade, força e controle de todo o corpo, em especial dos membros inferiores. Com a crescente popularização da cultura e do vogue, surge a necessidade de um entendimento das especificidades cinesiológicas deste elemento para prevenção de lesão, auxílio do ensino da técnica e prolongamento do tempo de atuação de praticantes de voguing. Desta forma, o objetivo deste estudo é descrever, analisar e comparar os ângulos articulares dos membros inferiores na perna de base (quadril, joelho e tornozelo) em duas variações do elemento dip da dança vogue femme. Métodos: Este é um estudo descritivo conduzido através do checklist STROBE para estudos transversais. A análise foi realizada através da captura de movimento de duas variações do elemento dip em vogue performers com ao menos um ano de prática. O elemento foi capturado através do hardware Perception Neuron 3 que permite captação e observação de movimento em diferentes planos. Foram feitas capturas de tela em vídeo nos eixos Z e Y do software Axis Studios através do software OBS Studio. A determinação dos ângulos foi realizada através do software Kinovea, que permite o cálculo dos ângulos articulares nas fases do movimento nas duas variações do dip. As fases foram comparadas com suas correspondentes entre as variações através do teste t pareado. Resultados: Foram recrutados 14 voluntários praticantes de vogue femme com, em média, 26±3DP anos de idade, 8±3DP anos de prática de vogue femme e 4±2DP anos de pertencimento à comunidade Ballroom. No eixo Z, observou-se, nas variações 1 e 2, respectivamente, um total de amplitude de movimento (ADM) de 89º e 105º para o quadril e 163º e 154º para o joelho. Houve diferença significativa no quadril para as fases descendente (p = 0.006), pose (p < 0.001) e total (p < 0.001); no joelho para a fase de pose (p = 0.041); e no tornozelo (p < 0.003). No eixo Y, o quadril apresentou ADM de -41º e -15º, joelho de 32º e 8º e tornozelo de 5º e 15º. Ocorreram diferenças significativas no quadril (p < 0.001); joelho (p = 0.0017); e tornozelo (p = 0.024). No entanto, sugere-se cautela ao ler-se os resultados, visto que o elemento apresenta grande variabilidade de ângulos ao longo de sua execução e os ângulos obtidos pelo Kinovea podem ter sido superestimados. Conclusão: Os resultados sugerem que a variação 1 pode sobrecarregar o joelho, sendo um risco para meniscos e ligamento colateral medial. A variação pode representar um risco para a articulação do tornozelo pela sua grande ADM. Estudos futuros devem buscar métodos mais precisos de medição dos ângulos, bem como elaborar treinamentos específicos para praticantes de vogue femme. |