Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Antonello, Ana Maria |
Orientador(a): |
Silva, Onilda Santos da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/174986
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Resumo: |
Os fármacos atualmente disponíveis para o tratamento da Doença de Chagas e leishmaniose possuem eficácia insatisfatória, principalmente devido à resistência parasitária e reações adversas severas. Duas entomobactérias, Photorhabdus luminescens e Xenorhabdus nematophila, produzem uma variedade de metabólicos secundários tóxicos a células eucarióticas. Diante disto, testou-se a toxicidade de metabólitos secretados por P. luminescens e X. nematophila sobre Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi, in vitro. Os meios condicionados de ambas bactérias mostraram significativo efeito parasiticida de forma concentração e tempo-dependente (L. amazonensis: IC50 P. luminescens = 21,80 μg/mL e X. nematophila = 0,33 mg/mL; T. cruzi: IC50 P. luminescens = 1,0 mg/mL e IC50 X. nematophila = 0,34 mg/mL) e apresentaram alta seletividade ao parasito (L. amazonensis: SIP. luminescens = 3.92 e SIX. nematophila = 19,85; T. cruzi: SIP. luminescens = 7,23 e SIX. nematophila = 14.17 para promastigotas e tripomastigotas, respectivamente). Além disso, os metabolitos estimulam a atividade de macrófagos contra amastigotas por um mecanismo independente de óxido nítrico. Com relação à caracterização dos compostos antiparasitários, sugere-se que moléculas com diferentes características atuem sobre cada parasito. P. luminescens secreta uma molécula leishmanicida de natureza peptídica menor que 3 kDa e uma molécula tripanocida de natureza não proteica, resistente a aquecimento a 100 ºC. X. nematophila produz uma molécula leishmanicida de polaridade inferior à tripanocida, uma vez que a atividade antiparasitária ficou em fases diferentes na extração com metanol. O mecanismo de ação de ambas bactérias sobre promastigotas parece estar relacionado à lesão mitocondrial, uma vez que ambas levaram à despolarização da membrana mitocondrial. X. nematophila, além disso, estimula a produção de ROS pelas formas promastigotas. A seletividade pelo parasito aliada a baixa citotoxicidade tornam estas bactérias promissoras fontes de compostos com potencial terapêutico contra leishmanioses e doença de Chagas. |