Estudo do polimorfismo CCR2-64I em pacientes infectados pelo HCV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bem, Riana Augusta Dauber Bevilaqua de
Orientador(a): Chies, Jose Artur Bogo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
HCC
HCV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/199083
Resumo: A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é caracterizada por um amplo espectro de doenças hepáticas que podem ser sintomáticas ou assintomáticas, apresentando uma fase crônica persistente. O processo inflamatório contínuo estabelecido no fígado pode levar ao desenvolvimento de fibrose, que pode evoluir para cirrose e hepatocarcinoma (HCC). Quimiocinas e citocinas desempenham papéis importantes na depuração viral, controle de infecção, inflamação, regeneração e fibrose, e também estão implicadas nos processos patológicos que ocorrem no fígado durante a infecção viral. CCR2 é um receptor de quimiocinas envolvido na migração celular, em processos inflamatórios e na regulação do sistema imunológico. Nesse sentido, o gene CCR2 pode estar associado à atividade tumoral no hospedeiro. É importante ressaltar que ainda há muitas questões sobre o significado funcional da molécula CCR2 no desenvolvimento e progressão do tumor. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar a associação potencial da variante genética do CCR2-64I em pacientes HCV positivos (HCV +) com diferentes perfis clínicos. Foram avaliadas 293 amostras de indivíduos de Porto Alegre HCV + coletadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As amostras foram genotipadas através da técnica Polimorfismo do Tamanho dos Fragmentos de Restrição (RFLP) utilizando primers específicos. As frequências genotípicas foram testadas para Equilíbrio de Hardy-Weinberg através do teste do chi-quadrado. As frequências alélicas e genotípicas foram comparadas com dados de um grupo controle (n=118) obtido de um trabalho já publicado pelo grupo do Laboratório de Imunobiologia e Imunogenética da UFRGS (Zambra et al., comunicação pessoal). Para as comparações entre grupos, foi utilizado o teste do chi-quadrado com correção de Yates ou o teste exato de Fisher. O valor de p <0,05 foi estabelecido 2 como estatisticamente significativo. Este estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética das instituições envolvidas na coleta da amostra e todos os participantes assinaram o termo de consentimento. As freqüências genotípicas estavam de acordo com o Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Considerando as frequências genotípicas, as comparações entre o grupo HCV+ e grupo controle (p=0.123), grupo HCV+/grupo fibrose e grupo controle (p=0.733), grupo HCV+/grupo cirrose e grupo controle (p=0.309), grupo HCV+/grupo HCC e grupo controle (p=0.132) não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Da mesma forma, não houve diferença estatisticamente significativa quando os grupos foram comparados em relação às frequências alélicas (p>0.05). A variante CCR2-64I não influenciou diretamente a suscetibilidade à infecção pelo HCV, ou os desfechos avaliados (isto é, desenvolvimento de fibrose, cirrose e CHC). No entanto, ainda existem inconsistências e dúvidas na literatura científica sobre o papel dessa variante genética em diferentes aspectos da infecção pelo HCV. Além disso, a função do CCR2 nas respostas imunológicas sugere que o polimorfismo CCR2-64I pode ter papéis importantes nos desfechos clínicos associados à infecção pelo HCV.