Quantificação de subpopulações linfocitárias em doadores de repetição de plaquetaférese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vargas, Luciana do Nascimento
Orientador(a): Jardim, Laura Bannach
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151070
Resumo: Introdução: A doação de plaquetas por aférese é um método de coleta que vem aumentando em relevância. Sabe-se que esta técnica apresenta inúmeras vantagens em comparação à doação de sangue total. Observamos que há uma preocupação na qualidade dos hemocomponentes enviados ao paciente, no entanto, não se observam muitas pesquisas em busca do cuidado com o doador. Órgãos como o Food and Drug Administration (FDA) já publicaram normas mais restritivas em relação à doação de plaquetas por aférese, pois pesquisas apontaram uma diminuição de algumas células e proteínas do sistema imunológico em doadores de repetição. Objetivos: Analisar doadores de plaquetas de repetição quanto a parâmetros hematimétricos e quantificação de subpopulações linfocitárias comparando-os com um grupo controle composto por doadores de sangue total que não doam há no mínimo um ano ou doando pela primeira vez e, ainda avaliar se a frequência de doações, o tempo de procedimento e o número de plaquetas doadas influenciam na contagem de leucócitos totais e nas subpopulações de linfócitos. Metodologia: Foram analisados 88 indivíduos em um estudo caso-controle, sendo que o grupo controle (CO) incluído foi de doadores de sangue total que haviam doado pela primeira vez ou haviam doado sangue total há mais de um ano. Os casos (CA) incluídos foram os doadores de repetição de plaquetaférese (quatro ou mais doações no último ano). O pareamento foi feito por sexo e idade. As amostras de sangue periférico foram coletadas em tubos contendo EDTA e analisadas em até 6 horas por citometria de fluxo, através da utilização de anticorpos monoclonais anti-CD3, CD4, CD8, HLADR, CD19 e CD56. Resultados: Foram avaliados 44 pares de doadores (caso vs controle). Destes, 81,8% eram homens, a média de idade dos grupos foi de 46 ±13 anos nos casos e 47 ±11 nos controles. Comparando os dois grupos, observou-se diferença estatisticamente significativa (p<0,05) na média de quantificação de leucócitos absolutos CA= 6476,6/μL vs CO=7115,4/μL (p=0,017), na média de linfócitos absolutos CA= 1862,6/μL vs CO= 2239,2/μL (p=0,007) e nos marcadores: CD3+/CD8+ (absoluto) CA= 437/μL vs CO= 597/μL (p=0,01), CD3+/CD4+(%) CA= 47,3/μL vs CO= 42,77/μL (p=0,007). Conclusões: Neste estudo foi possível observar que há uma diminuição em algumas células linfoides dos doadores de repetição em relação aos doadores convencionais, no entanto essa diferença não tem relevância clínica, demonstrando que os intervalos de doações que estes doadores estão sendo submetidos é adequado. A contagem de plaquetas dos doadores de repetição se mantiveram no decorrer do ano, este dado nos auxilia para mantermos um banco de dados de doadores de repetição com uma quantificação de plaquetas adequada, podendo ser convocado sem risco de ser bloqueado por contagem inferior ao preconizado.