Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Grudzinski, Patrícia Bencke |
Orientador(a): |
Salbego, Christianne Gazzana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194432
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Resumo: |
As doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e isquemia cerebral afetam uma grande parte da população e, na maioria das vezes, apenas tratamentos sintomáticos estão disponíveis. Essas doenças causam neuroinflamação, morte neuronal e afetam a vida cotidiana desses enfermos. Na última década, as células tronco mesenquimais surgiram como uma alternativa no tratamento dessas doenças. As células tronco mesenquimais são células indiferenciadas e imunoprivilegiadas, que contribuem na regeneração de lesões pela secreção de várias citocinas e fatores de crescimento. Vários estudos comprovam o efeito benéfico das células tronco mesenquimais em modelos in vitro e in vivo de doenças neurodegenerativas, porém até hoje não se conhece exatamente o mecanismo de ação dessas células. Estudos incipientes reportam um possível efeito adverso da terapia utilizando células tronco mesenquimais. Para entender melhor como essas células interagem com o tecido nervoso, o objetivo desse estudo foi administrar células tronco mesenquimais derivadas de medula óssea no hipocampo de ratas Wistar e analisar marcadores específicos e o comportamento desses animais Nossos resultados mostraram que as células tronco mesenquimais aumentam o imunoconteúdo de GFAP tanto no hipocampo ipsilateral quanto no contralateral à injeção. Sete dias após o procedimento cirúrgico, os níveis de GFAP retornam a níveis controle. Além disso, três dias após a injeção os níveis de beta-tubulina 3 diminuíram cerca de 25%, retornando a níveis de controle após sete dias, enquanto que o imunoconteúdo de NeuN, avaliado também três dias após a injeção das células tronco mesenquimais, não mostrou diferença do controle. Ainda, o imunoconteúdo de doublecortin também não foi diferente do controle. O teste comportamental de reconhecimento de objetos mostrou que ratas injetadas com células tronco mesenquimais apresentaram déficits de memória de curta e longa duração. Em conjunto, nossos resultados mostraram que a injeção de células tronco mesenquimais, derivadas de medula óssea no hipocampo de ratas Wistar, causou ativação astrocitária após três dias. Além disso, a presença de células tronco mesenquimais no hipocampo de ratas parece causar retração neuronal e déficit de memória e, no modelo e tempo utilizados neste trabalho, não ativou a neurogênese. Esses resultados sugerem um possível efeito adverso destas células, adicionando uma nota de cautela na utilização das mesmas. |