Fatores associados ao absenteísmo às consultas pré-natais do SUS em Aracruz – ES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Felício, Larissa Spinassé
Orientador(a): Rosa, Roger dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/106858
Resumo: INTRODUÇÃO: O acompanhamento pré-natal de boa qualidade impacta na morbimortalidade materno-infantil. A frequência a sete ou mais consultas pré-natais é considerada suficiente para provocar impactos positivos, porém é necessário entender e atuar sobre possíveis fatores frequentemente apontados como associados ao absenteísmo. OBJETIVOS: Investigar os fatores associados ao não comparecimento às consultas de pré-natal, oferecidas pelo SUS em Aracruz-ES. MÉTODOS: Amostra de 261 puérperas que realizaram pré-natal em Aracruz- ES, entre janeiro e março de 2013. Visitou-se a cada dois dias a maternidade do hospital do município para a coleta de dados por meio de questionário padronizado e complementadas e/ou confirmadas com os dados do cartão de pré-natal e prontuários. As associações foram examinadas por análise multivariada com base na dicotomização do desfecho (6 ou menos versus 7 ou mais consultas pré-natais), e por regressão de Poisson com variância robusta (amplitude de consultas de 0 a 14), considerando como preditores variáveis sócio-demográficas e relacionadas à história reprodutiva. RESULTADOS: A análise multivariada revelou que o absenteísmo (6 ou menos consultas) às consultas pré-natais diferiu significativamente entre as mulheres separadas/ divorciadas (OR 1,83 IC 95% 1,08-3,10) e indígenas (OR 2,07 IC 95% 1,05-4,10) em relação às casadas e brancas. Houve diferença também em relação ao trimestre da gestação de início do pré-natal (OR 2,74 IC95% 1,83-3,96 no segundo trimestre e OR 4,81 IC95% 3,42-6,75 no terceiro) Contudo, a associação com situação conjugal e cor de pele não foi confirmada pela regressão de Poisson robusta, apenas com o trimestre da gestação de início do pré-natal. CONCLUSÕES: Os fatores mais associados ao absenteísmo (6 ou menos consultas) às consultas pré-natais foram sociodemográficos que possibilitam intervenções específicas. A pesquisa também demonstra a relevância de se captar as gestantes precocemente.