Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zandoná, Bianca |
Orientador(a): |
Silva, Clecio Homrich da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188937
|
Resumo: |
Introdução: Questões relacionadas ao sono do lactente afetam um percentual significativo de famílias, tornando-se um problema frequente para pais e pediatras. Podem incluir sono noturno de curta duração, latência prolongada para dormir e frequentes despertares noturnos. Os efeitos negativos desses problemas afetam o desenvolvimento emocional, físico, cognitivo e social da criança, resultando em diversas repercussões na saúde a médio e longo prazo. Objetivo: Caracterizar a evolução do sono do lactente (horas de sono, latência do sono e tempo de sono ininterrupto) ao longo dos primeiros seis meses de vida; avaliar a associação dos diferentes ambientes intrauterinos adversos (gestantes hipertensas, diabéticas, tabagistas e com restrição de crescimento intrauterino idiopático) com o sono do latente nos primeiros seis meses; avaliar o impacto de fatores maternos pré, peri e pós-natais (depressão e estresse) sobre as características do sono do lactente. Métodos: Estudo de coorte, utilizando uma amostra de conveniência de pares de mães e filhos, divididos em cinco grupos de gestantes: diabéticas, hipertensas, tabagistas, mães de recém-nascidos com restrição de crescimento intrauterino e grupo-controle. A pesquisa foi realizada no Hospital Fêmina do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 2011 a 2016. As seis entrevistas e avaliações com as mães e os recém-nascidos/lactentes foram realizadas no domicílio e no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram aplicados questionários para avaliar: o sono do lactente em 3 momentos (1º, 3º e 6º mês do lactente); a presença de sintomas depressivos maternos no pós-parto também no 1º, 3º e 6º mês, por intermédio da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS); e o nível de estresse percebido da mãe, para o qual foi utilizada a Escala de Estresse Percebido (Perceived Stress Scale – PSS 14) no primeiro mês. Todas as análises foram realizadas no programa Statistical Package for Social Science, versão 18.0. A aprovação de ética foi obtida pelos Comitês de Ética e Pesquisa do HCPA e do GHC. Resultados: Crianças amamentadas ao seio materno, quando comparadas às que receberam outro tipo de leite, dormiram mais horas, em um total de 24 horas no primeiro mês de vida, e também acordaram mais vezes durante a noite nos três momentos avaliados. Crianças cujos pais tinham uma maior renda familiar ou maior escolaridade demoraram mais para conciliar o sono no primeiro mês de vida; e aquelas cujas mães apresentavam sintomatologia para depressão também demoraram mais para adormecer no terceiro e no sexto mês de vida. Conclusão: As variáveis sono total em 24 horas e latência do sono apresentaram redução progressiva significativa no número de horas e minutos aos três meses e mantiveram essa redução aos seis meses. O sono do lactente avaliado pelas três variáveis (sono total de 24 horas, latência do sono e sono ininterrupto), no primeiro, no terceiro e no sexto mês, não mostrou diferença significativa entre os cinco diferentes grupos de ambientes intrauterinos. Além disso, lactentes filhos de mães com sintomas para depressão levaram mais tempo para conciliar o sono, quando comparados aos filhos de mães sem esses sintomas. |