Como prescindir das novas tecnologias no cuidado e na interação com os bebês?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pedrotti, Bruna Gabriella
Orientador(a): Frizzo, Giana Bitencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202058
Resumo: A literatura aponta que muitos estudiosos se preocupam com a influência das novas tecnologias, como tablets e smartphones, no desenvolvimento infantil. Inclusive, sociedades de pediatria de diferentes países posicionaram-se contra a exposição de bebês menores de dois anos de idade às telas. O presente estudo investigou as motivações de mães de bebês de até dois anos de idade para prescindir das novas tecnologias nos momentos de cuidado, interação e entretenimento de seus bebês. Ainda, foram exploradas as orientações de profissionais sobre o uso de telas por bebês recebidas por elas, assim como as alternativas às tecnologias utilizadas pelas mães nesses contextos. Foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com 8 mães de bebês que tinham entre 3 meses e 23 meses no momento da coleta de dados. As entrevistas foram analisadas a partir de análise temática. Identificou-se que as participantes relacionaram o uso de telas pelos bebês a uma necessidade dos adultos, não dos bebês. Além disso, relataram priorizar atividades que propiciassem a interação com os filhos. Apesar da maioria das mães não ter recebido orientações de profissionais sobre o uso de telas por bebês, a busca por conhecimento científico sobre o assunto influenciou a escolha de algumas mães em não oferecer telas aos filhos. As alternativas às telas usadas pelas mães relacionavam-se a brinquedos tradicionais que estimulassem a criatividade dos bebês, realizar tarefas enquanto os bebês dormiam ou na presença de outro cuidador, ou ainda incluir o bebê na atividade, quando possível. Para acalmar os bebês, as mães optavam por oferecer colo a eles, conversar com eles e distraí-los, tirando o foco do que os chateou. Percebe-se que a escolha por não oferecer telas aos bebês está relacionada ao entendimento das mães de que, neste momento do desenvolvimento, as telas não são indicadas para os bebês e que outros recursos são mais benéficos. Além disso, as mães relataram estar disponíveis para atender as demandas dos filhos, priorizando a interação com eles às suas tarefas. Os resultados desta pesquisa oferecem um contraponto aos estudos que exploram a opinião das mães cujos bebês são expostos às telas diariamente, indicando as perspectivas contrastantes das mães de bebês quanto ao uso das telas.